A VEDAÇÃO da Estrada nacional número quatro (N4), no terminal de transportes de Malhampsene, na Matola, foi destruída por informais que utilizam a infra-estrutura como montra, concorrendo para a rápida degradação.
Os vendedores têm estado a ignorar o risco de atropelamentos e disputam o espaço com o transportadores semicolectivos, devido à alegada falta de condições e espaço no interior do mercado municipal local.
A cerca foi colocada pela Concessionária da Estrada Nacional número quatro (N4), a Trans African Concessions (TRAC), para dar espaço às obras de ampliação da estrada no troço entre Novare e Nó de Tchumene, mas foi cortada por desconhecidos.
Questionados sobre o comportamento, os comerciantes justificam não ter outra opção e expõem-se a todo o tipo de riscos para colocar pão à mesa.
Maria Matlombe, vendedora há três anos, abandonou o mercado por falta de clientes e ao tentar regressar à banca encontrou a ocupada. “É arriscado vender aqui, mas permaneço porque preciso de alimentar a minha família”, explicou.
Os comerciantes relataram que por várias vezes a Polícia Municipal e a TRAC aconselhou que abandonassem o local, mas debalde.
João Domingos, operador de transportes de passageiros, disse que o terminal foi transformado em mercado e palco de acidentes de viação por conta da postura dos vendedores informais.
“As autoridades precisam de agir com urgência, porque quando não atropelamos pedestres, destruímos mercadoria. Fazer manobras tornou-se complicado, o que nos obriga a redobrar a atenção”, lamentou o automobilista.
A vendedora Candia Nhatitima manifestou a intenção de abandonar o local, porque tem sido difícil presenciar acidentes regularmente.
O “Notícias” tentou contactar o município da Matola para se informar das acções em curso por forma a pôr termo à anarquia na N4, mas o porta-voz mostrou-se indisponível para prestar declarações.


