O PROJECTO de electrificação rural da zona norte de Inhambane, que inclui a linha de transporte de energia de Chibabava/Vilankulo e três subestações, decorre a ritmo satisfatório, não obstante as dificuldades impostas pelas chuvas.
Até ao momento, foram implantadas cerca de 610 das 674 torres da linha de transporte de energia que parte de Casa Nova, em Chibabava, Sofala, até Vilankulo, em Inhambane, numa extensão de 240 quilómetros.
O lançamento dos condutores, iniciado em Setembro do ano passado, já foi concluído num troço de 100 quilómetros, de acordo com Emílio Joaquim, delegado da Electricidade de Moçambique (EDM) e coordenador do projecto.
Relativamente às três subestações, Joaquim disse que decorre a montagem da ferragem, concluídasas estruturas em betão armado, salas de controlo e demais edifícios.
A primeira subestação será estabelecida em Casa Nova, em Sofala, a segunda em Temane, Inhassoro, sendo a terceira e maior de todas com 40 Mega Volts Ampere (MVA), e a terceira na cidade de Vilankulo, ambas na província de Inhambane.
O projecto também contempla redes de distribuição de energia em média e baixa tensão nos cinco distritos a serem servidos, nomeadamente Vilankulo, Inhassoro, Mabote, Govuro, em Inhambane, e Machanga, na província de Sofala.
Nesta componente, estão previstos perto de 180 km de linhas de média tensão e 90 km em baixa tensão, para além da montagem de 79 postos de transformação, o que permitirá a ligação de 7500 famílias e unidades produtivas.
Os trabalhos estão avaliados em 35 milhões de dólares (2,6 mil milhões de meticais), desembolsados pela Suécia, um dos principais financiadores da área de energia no país.
Actualmente, a EDM tem cerca de 16 mil clientes nos cinco distritos. Exceptuando Vilankulo e Mabote, que também recebem energia da rede nacional a partir de Massinga, desde finais do ano passado, a zona é dependente de um sistema isolado ligado àCentral Térmica a gás natural de Temane.
A unidade gera 12 Megawatts de energia, insuficientes para a expansão da rede e ligação de mais consumidores, o que se espera ultrapassar a partir de Agosto quando terminar o projecto agora em obras.