Pelo menos 57 pessoas contraíram ferimentos e mais de 47 mil ficaram afectadas pelas intempéries associadas à presente época chuvosa, com maior incidência nas províncias de Cabo Delgado, Nampula, Niassa, Zambézia e Tete.
Estes são dados acumulados do período que vai de 1 de Outubro de 2019 a 5 de Janeiro do ano em curso, apresentados ontem pelo Conselho de Ministros.
Neste intervalo, as chuvas e ventos fortes também provocaram a destruição parcial de perto de 7 mil casas e a destruição total de 2 140 casas, para além de danos em 10 unidades sanitárias e em 94 postes de iluminação.
Em resposta à situação de emergência, o Governo prestou assistência a 411 mil pessoas, incluindo as afectadas pela seca nas províncias de Maputo, Gaza e Inhambane. Foram alocados diversos mantimentos, com destaque para sementes, água e cloro.
A porta-voz da 36ª Sessão Ordinária do Conselho de Ministros deu a conhecer que no período em alusão foram retiradas 2.200 pessoas das zonas de risco e reassentadas 96 famílias em locais seguros, sobretudo na província da Zambézia.
Entretanto, dados colhidos a partir da Zambézia indicam que o número de famílias retiradas para zonas seguras era ontem de 1200. Trata-se de agregados que tinham sido reassentadas em 2015 e que decidiram retornar às áreas de risco, alegando a falta de condições sociais, como água, hospital e escola.
As repercussões na saúde começam a fazer-se sentir, com o aumento de casos de malária, em cinco por cento, apesar de uma ligeira redução de episódios de diarreias em cerca de três por cento.
A queda de chuvas torrenciais está a concorrer para o enchimento das principais albufeiras, atingindo níveis médios de 60 a 70 por cento, com excepção das situadas na região Sul, que apresentam níveis baixos, como é o caso da barragem dos Pequenos Libombos, cujo nível se situa em 26 por cento.
Mais pormenores sobre a situação relacionada com as chuvas intensas no Centro e Norte do país podem ser lidos nas páginas quatro e seis da presente edição.