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Quarta-feira, 27 - Março, 2024

PARA SER OUVIDO COMO DECLARANTE: Tribunal aconselha Chivale a apresentar-se voluntariamente

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O TRIBUNAL aconselha o advogado Alexandre Chivale a apresentar-se voluntariamente no próximo dia 14 para ser ouvido como declarante, para não o fazer na condição de preso.

O apelo foi lançado ontem pelo juiz Efigênio Baptista depois de chumbar o pedido do advogado Alexandre Chivale, que havia requerido para não ser ouvido como declarante, alegando ter sido causídico deste processo e com largo conhecimento da matéria em julgamento.

“Não é para o oficial procurar o Dr. Chivale para entregar a notificação em mão. É para ir com duas testemunhas ao seu escritório deixar a notificação para comparecer. Caso não o faça voluntariamente, será emitido mandado de captura e virá na condição de preso. Não é isto que o tribunal quer, daí que apela para que venha voluntariamente”, exortou o juiz.

Alexandre Chivale, que defendia os interesses dos co-réus António Carlos do Rosário, Inês Moiane  e Elias Moiane, será ouvido na qualidade de administrador da empresa Txopela Investimentos, pertença do réu António Carlos do Rosário, e não como advogado. Esta empresa recebeu, movimentou e efectuou vários pagamentos através de fundos provenientes da Privinvest.

Alexandre Chivale viu o tribunal impedi-lo de continuar a exercer o patrocínio dos mesmos por diversas incompatibilidades e conflitos de interesse, acabando por ser constituído declarante nos presentes autos. Com o seu impedimento, os três co-réus tiveram de escolher um outro advogado, no caso Isalcio Mahanjane, para os defender. Mahanjane vem defendendo o réu Ndambi Guebuza.

Sabe-se também que Alexandre Chivale está a ser investigado pelo Ministério Público num processo autónomo por suspeita de branqueamento de capitais nas empresas Txopela Investimentos e Dandula, de que é administrador e sócio maioritário, respectivamente. 

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