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Sexta-feira, 29 - Março, 2024

Ritmo de infecções ameaça gerar contágio comunitário

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O RITMO de progressão da Covid-19 no território nacional coloca o país à beira de transitar do perfil de transmissão por focos para contágio comunitário, que, a acontecer, poderá gerar uma explosão descontrolada de casos, sufocando o Sistema Nacional de Saúde.

O alerta foi feito ontem pelo director-geral adjunto do Instituto Nacional de Saúde (INS), explicando que os números demonstram, por exemplo, que a taxa de positividade – casos positivos por amostras testadas – subiu de 2.3 por cento, no domingo, para 2.7, ontem, e o país tende a duplicar o número de infecções a cada 14 ou 15 dias. 

Eduardo Samo Gudo lançou o alerta no dia em que foram anunciados mais nove positivos para a Covid-19, elevando o cumulativo para 316 doentes. Foi igualmente anunciado o registo de mais 11 casos de pessoas curadas, passando assim para 109 o número de doentes recuperados.

Explicou que o número de casos positivos coloca, neste momento, Moçambique na posição número 153, mas também na lista dos 30 países que registam maior velocidade de propagação da pandemia ao nível do globo.

Face ao cenário, apelou à intensificação das medidas de prevenção, com destaque para a redução de mobilidade, lembrando que as pessoas só devem sair de casa apenas para tratar assuntos inadiáveis, usar máscara em locais públicos, cumprir escrupulosamente a quarentena e isolamento domiciliar, lavar frequentemente as mãos e desinfectar as superfícies tocadas com frequência.

Segundo o investigador, houve países que já estiveram na iminência de transmissão comunitária, mas regrediram através de medidas de prevenção e mudança de comportamento por parte dos seus cidadãos.

“Temos ainda uma janela de oportunidade. Está a fechar-se, mas continua aberta. Temos que a aproveitar”, apelou Samo Gudo, que falava no briefing de actualização diária sobre a situação da Covid-19, num acto orientado pela directora nacional de Saúde Pública, Rosa Marlene.

Marlene disse que dos nove novos casos, quatro são da província de Maputo, um da capital do país e quatro do Niassa, sendo que destes um é contacto de uma infecção já conhecida.

Os novos infectados foram detectados em 324 amostras colhidas de contactos na vigilância activa nas unidades sanitárias e testadas entre terça-feira e ontem. Do lote, 105 são do Niassa, 77 da capital, 60 de Tete, 57 de Maputo, 11 de Cabo Delgado, oito de Sofala, cinco de Nampula e uma de Gaza.

Na mesma ocasião, a fonte apelou à sociedade para que não estigmatize os infectados pelo novo coronavírus, sob pena de comprometer o combate à doença, uma vez que as vítimas terão receio de ir às unidades sanitárias e de ficar em isolamento para dar ideia de que estão sãos.  

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