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Sexta-feira, 29 - Março, 2024

Acompanhamento dos filhos por telefone

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Geneth Roque é meteorologista há 10 anos e trabalha na cidade de Maputo. Vive num bairro distante do seu local de trabalho, por isso o carro do serviço recolhe-a às 5.30 horas e, normalmente, regressa à casa depois das 18.00 horas, sobretudo, nos dias em que se aproximam do país eventos climáticos extremos, como ciclones.

É casada e mãe. Dias sem conta sai de casa enquanto os filhos ainda estão a dormir e regressa encontrando-os a descansar.

Para minimizar esta ausência física, arranja espaço quando está no serviço para conversar com as crianças ao telefone. “É extremamente complicado e desafiante. Compensa o facto de trabalhar rotativamente, com dois dias no serviço e dois em casa”.

Na gestão da casa e dos filhos, Geneth conta com o apoio incondicional do seu esposo que está sempre presente na vida da família. “É um parceiro no verdadeiro sentido da palavra. Ele percebe-me e não questiona qualquer mudança de horário. Pouco critica e sempre incentivou-me a prosseguir com o trabalho de que gosto”.

O tipo de vida que a sociedade leva actualmente é a maior preocupação de Geneth. Para ela, a vida está muito agressiva e há muita maldade nas pessoas. “São relatos de  roubos, sequestros, etc. Antes olhávamos e tratávamos o filho do vizinho como se fosse nosso. Mas, actualmente, não podes chamar atenção ao filho do vizinho, porque podes ser processado. Para onde vai esta geração?”, questiona.

Reclama também da falta de confiança que hoje existe na sociedade.

Geneth gosta de ler e sonha em terminar o mestrado, mas confessa: “Não está a ser fácil conciliar os estudos, o trabalho e as actividades domésticas. Mas, com um pouco mais de esforço, conseguirei”.

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