Quitéria Uamusse, 28 anos, é mãe e jornalista. Formada em Linguística, a jovem apaixonou-se pelo jornalismo enquanto estudava Linguística, ao ler reportagens sobre diversos temas. Decidiu também cursar Jornalismo e abraçar esta profissão.
Conta que a sua inserção no trabalho em uma Redacção não foi fácil, particularmente, porque descobriu que estava grávida logo no primeiro ano de serviço.
“Foram várias transformações e pensei até em desistir. Abandonei os pensamentos negativos, chamei-me à razão de que ser jornalista era (é) meu sonho e estar a estagiar no jornal ‘Notícias’ era uma oportunidade ímpar para a concretização desse propósito. Dediquei-me mais e fui ganhando confiança”, conta.
Apesar de estar no ramo há cinco anos, Quitéria assume que ainda há muita estrada por percorrer.
Conciliar o trabalho, a responsabilidade de ser mãe e esposa é um desafio para esta jovem, que faz cerca de uma hora da sua casa à paragem onde apanha transporte público até Zimpeto e daqui para a baixa da cidade de Maputo. O seu dia começa às 4.00 horas. Sai de casa cerca das 5.00 horas e só reentra em casa quase sempre depois das 20.00 h. Apenas aos fins-de-semana tem mais tempo para a família, por isso pode brincar melhor com a filha.
Para Quitéria, apesar das múltiplas tarefas que a mulher desempenha na sociedade, sente que é pouco valorizada. “Há pessoas que olham para a mulher como um ser insignificante ao ponto de não reconhecerem mérito na ascensão da mulher a um cargo de chefia”.
O que consola esta jovem mãe são as lutas que as mulheres travam no seu dia-a-dia, para inverter esta percepção e provar que elas são determinantes para o crescimento e desenvolvimento das suas famílias e da sociedade e do país como um todo.
Por isso, apela às mulheres para festejarem o 7 de Abril a pensarem em enriquecer os seus conhecimentos para crescerem mais como mães, esposas e profissionais.