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Sexta-feira, 29 - Março, 2024

COMBATE AO TERRORISMO: Incentivada aproximação entre os países da SADC

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O COMBATE ao terrorismo requer uma  permanente união e aproximação entre os países da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) e apoio da Comunidade Internacional na busca de soluções.

Um estudo conduzido pelo Instituto Superior de Estudos de Defesa Tenente-General Armando Emílio Guebuza (ISEDEF), que resultou na produção e lançamento ontem da 2.ª edição de uma revista científica, indica que os terroristas serão derrotados e expulsos de Cabo Delgado.

Porém, alerta que, em consequência disso, vão se refugiar em outros países da região, abrindo-se a possibilidade da criação de  novos focos de terrorismo nos pontos de chegada.

Assim, é necessária a troca de informações estratégicas e experiências na abordagem do fenómeno, pois os problemas globais exigem soluções colectivas, não se compadecendo com a individualização de esforços.

O comandante do ISEDEF, Samuel Luluva, disse tratar-se de um acto satisfatório, uma vez que o evento acontece num mês em que o instituto celebra o seu 10.º aniversário.

“Desejamos que a 2.ª edição da revista científica de defesa e segurança sirva de mais um elemento motivador a toda a comunidade académica do ISEEF, bem como aos parceiros ao nível nacional e internacional, no domínio da investigação para intensificar as actividades de pesquisa que irão enriquecer o conhecimento dos vários fenómenos”, disse Luluva.

A pesquisa conclui que a comunhão que se verifica actualmente entre as forças da SADC, da República do Ruanda e de Portugal no combate ao terrorismo em Cabo Delgado é sinal desta cumplicidade na busca de formas para eliminar o fenómeno.

Considera-se que a análise do terrorismo em Cabo Delgado efectuada até aqui faz acreditar alguns cenários prováveis em relação ao seu desenvolvimento e controlo total do fenómeno, forçando à rendição dos terroristas e, consequente, restabelecimento da normalidade da vida na província.

Por outro lado, a eclosão da instabilidade em causa pode ter relação com a descoberta de recursos naturais, com intenções de retardar a sua exploração, com vista a desacelerar o desenvolvimento do país.

Visa também incapacitar o Estado moçambicano em proteger as empresas envolvidas, para viabilizar cada vez mais a intervenção externa, facto que pode concorrer para perigar a soberania nacional.

Outra intenção é enfraquecer o Estado no controlo da exploração dos recursos, tendo como horizonte travar uma possível concorrência de Moçambique no mercado energético mundial, assim como inibir a presença e influência do Ocidente numa zona tradicionalmente islâmica, daí a possibilidade da eclosão de Jihad.

No mesmo evento, foi lançada a obra “A migração internacional e o processo de desenvolvimento na região norte de Moçambique  (Compulsando sobre a Província de Nampula)”, da autoria de Patrício Gonçalves.

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