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Quinta-feira, 28 - Março, 2024

Governo quer colaboração de Chang para esclarecer dívidas

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O Governo moçambicano espera a colaboração de Manuel Chang, antigo ministro das Finanças, para o esclarecimento do caso “Dívidas Ocultas”, que culminou com um rombo financeiro superior a dois biliões de dólares.

Na terça-feira (21), o ministro sul-africano da Justiça, Michael Masutha, anunciou que decidiu extraditar Manuel Chang para Moçambique, apesar de haver um pedido concorrente dos Estados Unidos da América.
Entretanto, ainda não foi avançada uma data para a extradição de Chang para Moçambique.
Em declarações à Rádio Moçambique, ontem, em Maputo, à margem da sessão parlamentar, o ministro da Justiça, Joaquim Veríssimo, disse que é expectativa do Governo moçambicano que o antigo ministro das Finanças venha a colaborar com as autoridades para o esclarecimento do caso.
“Nós sabemos que a Procuradoria e outras instituições, desde o princípio, lidaram com propriedade esta questão das “dívidas ocultas”, disse Veríssimo, para de seguida acrescentar que “esperemos que ele continue a colaborar no sentido de poder ser equacionada a justiça face aos factos que forem organizados em sede do devido processo legal”.
O governante fez questão de frisar que todas as instituições moçambicanas são soberanas e, por isso, saberão lidar com este processo.
Veríssimo também congratula a decisão do seu homólogo sul-africano de extraditar Manuel Chang para Moçambique.
“Os factos provados justificaram que aquela decisão fosse tomada. É obvio que sempre o Governo moçambicano defendeu a questão do julgamento do cidadão Manuel Chang no solo pátrio, pelas razões sobejamente conhecidas, sendo uma aquela que visa, fundamentalmente, proteger os interesses mais nobres do povo moçambicano, porque é o mais lesado e, por conseguinte, tem todo o interesse em julgar aquele que criou prejuízo ao erário público.
Aliás, a Procuradoria-Geral da República há muito que insiste que Manuel Chang é uma das peças-chave para o esclarecimento do caso.
Chang foi detido na África do Sul, a 29 de Dezembro último, no Aeroporto Internacional OR Tambo, na sequência de um mandado internacional emitido pela justiça norte-americana, que o acusa de prática de crimes de conspiração para a lavagem de dinheiro, conspiração para cometer fraude de valores mobiliários e conspiração para cometer fraude electrónica.
Em Moçambique, Chang é acusado pelo Tribunal Supremo por crimes de abuso de cargo ou funções, violação da legalidade orçamental, burla por defraudação, peculato, corrupção passiva para acto ilícito e branqueamento de capitais.

 

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