28.5 C
Maputo
Quinta-feira, 28 - Março, 2024

Polícia desconhece ataque à “Junta Militar” da Renamo

+ Recentes

Nyusi diz que Manuel Tomé...

Mensagens enaltecem verti...

INATRO espera fiscalizar ...

Aprovadas em definitivo L...

O comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM) disse, ontem, desconhecer qualquer ataque das forças de defesa e segurança à autoproclamada “Junta Militar” da Renamo e assegurou que o Governo não pretende exercer nenhuma acção contra o grupo.

"Se foi atacada ou não, não sabemos. É tarefa da Polícia perseguir assassinos, não a “Junta”. A “Junta” tem a ver com a Renamo e a Renamo vai resolver", afirmou Bernardino Rafael, em declarações a jornalistas.

Na sexta-feira passada, o líder da autoproclamada “Junta Militar” da Renamo, Mariano Nhongo, disse que alguns dos seus homens foram atacados na sua base, em Chipindaumwe, distrito de Gondola.

“Os meus homens foram atacados na base e responderam”, afirmou Mariano Nhongo, adiantando que o confronto durou até ao princípio da tarde, numa mata distante da povoação.

Nhongo atribuiu o ataque às forças de defesa e segurança.

Questionado sobre o assunto, o comandante-geral da PRM afirmou desconhecer o ataque, mas assegurou que as forças não pretendem empreender nenhuma investida contra a “Junta”, porque a criação do grupo é um assunto interno do principal partido da oposição.

“A Polícia não está interessada na “Junta Militar”, por si só, pode estar interessada, isso sim, “num grupo de criminosos que podem alterar a ordem e segurança”, disse, acrescentando: “O país nunca parou (por causa da autoproclamada “Junta”)”.

Apesar de as hostilidades entre o Governo e a Renamo terem cessado em Dezembro de 2016 e de a paz ter sido, formalmente, subscrita através de acordos assinados há um mês, um grupo liderado por Mariano Nhongo permanece nas matas.

A auto-denominada “Junta Militar” da Renamo não reconhece o líder do partido, Ossufo Momade, nem os acordos assinados por este, nomeadamente, os que regulam o desarmamento e a reintegração dos guerrilheiros na sociedade, ameaçando usar as armas se os seus pedidos não forem ouvidos.

O presidente da Renamo já classificou o movimento liderado por Nhongo como um grupo de “desertores e indisciplinados”.

"Mariano Nhongo é um cidadão moçambicano e membro da Renamo e o que podemos fazer agora é pedir para que Nhongo volte à razão", disse Ossufo Momade, na semana passada.

- Publicidade-spot_img

Destaques