A ORDEM dos Advogados de Moçambique, assistente do Ministério Público no processo das dívidas não declaradas, vai processar o advogado Imran Issa, declarante nos presentes autos, por suposta violação da ética e deontologia profissional.
Segundo requerimento feito pelo causídico Filipe Sitoe, em representação do assistente, o advogado Imran Issa, na qualidade de declarante, expôs conversas e sigilo profissional mantido em tempos com os co-réus Ângela Leão e Fabião Mabunda.
Ontem, primeiro dia da sua audição, o declarante disse que o réu Fabião Mabunda o segredou que recebeu, a pedido da co-ré Ângela Leão, a quantia de nove milhões de dólares transferidos pelo Grupo Privinvest através da conta da sua empresa M Moçambique Construções, tendo mais tarde efectuado pagamentos a pedido dela.
Igualmente, o declarante Imran Issa disse que o réu Zulficar Ahmad recebeu na sua conta um valor de 100 mil dólares pagos pela Privinvest a título de comissão por ter vendido um imóvel ao co-réu António Carlos do Rosário.
Estas revelações, segundo a Ordem dos Advogados de Moçambique, representam violações da ética e deontologia profissional que deverão merecer sanção.