SOBRE NÓS

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1. Apresentação

A Empresa Sociedades do Notícias (SN, S.A.) é uma empresa privada comparticipada pelo Estado, com personalidade jurídica, autonomia administrativa, financeira e patrimonial. Tem por objecto principal, explorar o serviço de comunicação, garantir a liberdade de expressão e direito a informação e difundir os diversos aspectos do povo Moçambicano. Fora o seu objectivo principal a SN, S.A. tem ainda a prerrogativa de exercer actividades comerciais e financeiras.

A SN, S.A. gere três jornais (Jornal Notícias, Jornal Domingo e Jornal desafio), com 11 delegações espalhadas por todas as províncias de Moçambique.

Para além dos serviços de comunicação e informação a SN, S.A. também presta serviços de produção e impressão gráfica, a partir da gráfica assediada na cidade da Matola.

 

1.1. Visão

Consolidar-se e ser reconhecido por sua importância ao oferecer Informação de qualidade na imprensa nacional.

 

1.2. Missão

Prestar serviços de comunicação e informação . Acompanhar o que de mais relevante acontece no país e não só, levantar dados e transformá-los em informações úteis para a sociedade, actuar pelo bem colectivo através de um trabalho responsável e de qualidade, informar sobre os acontecimentos nacionais e internacionais, divulgar produtos, empresas e contribuir para um mundo melhor ao levar ao leitor, conhecimentos através de notícias em geral, serviços, diversão, saúde, educação e cultura, culinária, desporto e qualidade de vida, tecnologia, política, etc…

 

1.3. Valores

A empresa Sociedade do Notícias, S.A., busca trabalhar os diversos valores com a informação que procura fazer chegar ao leitor e toda a sociedade Moçambicana, presando prioritariamente o seguinte:

  • Ética;
  • Moral;
  • A liberdade
  • Seriedade;
  • Credibilidade;
  • Responsabilidade;
  • Rigor;
  • A dignidade profissional;
  • O comprometimento; e
  • Procura de excelência.

 

1.4. Responsabilidade

Comunicar e informar a sociedade moçambicana e não só, acerca dos assuntos e acontecimentos pertinentes da actualidade.

Realizar trabalhos com ética e transparência acima de tudo: na relação com os leitores e clientes, com colaboradores, parceiros, fornecedores, com o meio ambiente e no desenvolvimento das notícias.

Trabalhar sempre pensando que ainda não foi feito o máximo, que o objectivo é sempre melhorar, inovar, se superar, para atender cada vez melhor aos leitores e clientes.

A SN tem como objectivo conscientizar, informar, divulgar, fazer conhecer, por isto leva a informação para todas as classes sociais, está em contacto directo com a população, perto dela e lutando por melhorias.

Fazer gestão de todas as delegações assediadas em todas as capitais provinciais do país.

 

1.5. Historial da Sociedade do Notícias, SA

O Noticias foi fundado em 15 de Abril de 1926, pelo Capitão Manuel Simões Vaz. O Jornal era propriedade de uma empresa cujos principais acionistas eram o advogado Eduardo Saldanha, o industrial Paulino Santos Gil e o comandante José Joaquim de Morais. A empresa propunha-se a publicar, para além do “Noticias”, o “Noticias da tarde”, que entretanto viria a ser extinto quando a sociedade comprou o jornal “A Tribuna” também já extinto. Durante muitos anos, a direcção do “Notícias” foi exercida pelo sócio fundador Manuel Simões Vaz.

A primeira edição do Jornal saiu à rua a 26 de Abril de 1926, um tablóide de quatro páginas sem ilustração, cuja tiragem foi de 36 exemplares com o preço de capa de um escudo e cinquenta centavos. A 2 de Fevereiro de 1929 tornou-se no primeiro jornal em todas as colónias portuguesas a inserir uma fotografia, facto considerado histórico na altura por significar uma evolução tecnológica ímpar na região.

O “Noticias” funcionou inicialmente na casa de um dos sócios- Eduardo Saldanha- que se situava por detrás do Mercado Central onde foi utilizada uma velhíssima tipografia, que tinha uma impressora manual que imprimia 200/250 jornais hora. Mais tarde, Manuel Vaz conseguiu um empréstimo na Caixa Económica Postal, para adquirir novas máquinas. Logo em 1927, foi adquirida a tipografia da extinta revista “O Sol”, tendo um terço do valor do material sido pago com acções do jornal.

 

A primeira grande crise do Jornal deu-se em 1929, quando um dos sócios, Eduardo Saldanha exigiu a restituição do material, o pagamento da depreciação por ela sofrida e a liquidação das rendas de água e luz, tudo no valor de 2.000 libras.

Contudo, a sociedade viria mais tarde, em 1933 lançado duas outras publicações, verdadeiramente pioneiras na época. A primeira revista denominada “O Ilustrado”, mas os prejuízos financeiros obrigaram ao seu encerramento no ano seguinte tendo publicado apenas 24 números. Entretanto, a edição do “Noticias da Tarde’ viria a ser mais feliz. A Sua existência era justificada pela empresa com o intuito de aproveitar as sobras das bobines de papel e por existir um interesse real dos leitores por uma edição vespertina. Iniciou-se a 15 de Abril de 1952, no 26º aniversário do jornal “Noticias” e deixou de publicar em 6 de Dezembro de 1969. Durante algum tempo foi igualmente redigido em inglês com o propósito de valorizar o turismo moçambicano junto dos países vizinhos.

 

No início da década 50, “Notícias” foi dirigido de facto pela filha do fundador, Male Vaz Até 1963, e a empresa teve um cunho claramente familiar. Foi assim que o poeta José Craveirinha entrou no jornal a convite dela, tendo a mesma tomado a sua defesa contra certas autoridades, a partir de algumas cronicas que escrevia.

Após a independência nacional, e tal como aconteceu na grande maioria dos meios de comunicação existentes na época, o controlo da sociedade do “Notícias” por parte da Frente de Libertação de Moçambique fez-se sem que nunca se tenha definido legalmente o novo estatuto da empresa. Esta situação só voltaria a ficar clarificada em 1993, quando o Banco de Moçambique voltou a integrar a Assembleia Geral da Sociedade.

Do ponto de vista redactorial esta transição foi feita imediatamente, sem qualquer dramatismo. Por um lado, porque os acionistas estavam interessados em dar uma nova face ao jornal, por outro, porque as forças políticas progressistas perceberam a importância de ter o periódico sob o seu controlo. Assim, logo em 29 de Maio de 1974, foi nomeado um novo director, Pedro Pereira Coutinho, e, em 2 de Junho, um subdirector, José Luís Cabaço.

 

A importância do “Notícias” ficou expressa nas vicissitudes que o jornal viria a sofrer nesse período de transição para a Independência. Deste modo, na madrugada de 15 de Agosto de 1974 as suas oficinas foram alvo de sabotagem tendo um grupo de indivíduos regado as instalações com gasolina e colocado um engenho explosivo. Foram muitos os prejuízos dessa operação. Voltou novamente a ser ocupado aquando dos acontecimentos do 7 de Setembro.

Após a independência o jornal sofreu importantes transformações no seu grafismo. Para além de ser alterado diversas vezes o seu cabeçalho, tendo-se adotado então por um tipo moderno, o jornal procurou outras soluções capazes de o tornar acessível a um novo publico, recém-alfabetizado, de acordo com o espírito que marcou os primeiros anos do país independente.

Do ponto de vista editorial, a sociedade do Notícias diversificou a sua oferta publicando o semanário “Domingo” e o desportivo “Desafio”. Publicou ainda uma revista de banda desenhada intitulada “ Kurika”.