Quarta-feira, 8 Maio, 2024
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Jovens incentivados ao voluntariado

Por admin-sn
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A CIDADE da Beira foi palco da Conferência Nacional do Voluntariado, evento que reuniu pouco mais de 150 participantes, representando todas as províncias e diversos segmentos da sociedade moçambicana para recolha de experiências e boas práticas de forma a melhorar a coordenação do voluntariado.

Ao mesmo tempo, o encontro visava chamar a atenção para a importância da protecção e a necessidade de criar ferramentas que permitam às pessoas, especialmente aos jovens, a fazerem o voluntariado mesmo com poucos recursos.

Organizada pelo Conselho Nacional do Voluntariado, em coordenação com a Secretaria de Estado da Juventude e Emprego, o encontro abordou vários temas, entre os quais a melhoria da coordenação do sector do voluntariado na gestão do risco de desastre e o fortalecimento da resiliência climática; o papel do voluntariado na promoção da cidadania participativa, paz, coesão e inclusão social; mecanismos de integração efectiva do voluntariado nos planos e programas de desenvolvimento em Moçambique, entre muitos outros sub-temas.

O secretário de Estado da Juventude e Emprego, Oswaldo Petersburgo, que na abertura do evento lançou a “Estratégia do Voluntariado”, lembrou que o voluntariado tem como princípios a solidariedade, participação, cooperação, complementaridade, gratuitidade, responsabilidade e a convergência.

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©we world/ CNV

“Trata-se de um instrumento que está alinhado com as recomendações e directivas emanadas nos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável no plano internacional, na agenda continental 2020-2063 e no Plano Quinquenal do Governo”, asseverou.     

Acrescentou que o voluntarismo é um dos alicerces do patriotismo, pelo que a sua promoção e a prática devem ser estimulados, de modo que mais jovens moçambicanos abracem a causa e ajudem as comunidades e pessoas em condição difícil.

Petersburgo encorajou aos participantes na conferência a continuarem a seguir os consensos alcançados noutras conferências, uma vez que a estratégia ora lançada é reflexo dos debates saídos destes fóruns.

“Queremos que cada gesto de solidariedade seja uma luz de esperança para quem mais necessita, uma resposta efectiva aos desafios que enfrentamos como nação”, reafirmou Petersburgo.

Acrescentou que a sociedade deve considerar o voluntariado como um pilar estratégico para a preservação do espírito de comunidade, contribuindo assim para a consolidação da unidade nacional e do patriotismo, pelo facto de transcender fronteiras e culturas, unir pessoas e comunidades em prol de um bem comum.

Convidou igualmente aos presentes a imaginarem o impacto positivo que poderiam alcançar se todos se envolvessem no voluntariado, de acordo com o lema escolhido, nomeadamente “Fazendo e Coordenando Mais por um Voluntariado Impactante no Desenvolvimento Sustentável de Moçambique”.

A “Estratégia do Voluntariado” foi aprovada através da Resolução n.o 35/2023, do Conselho de Ministros de 18 de Setembro, constituindo-se como um instrumento que visa essencialmente ter um voluntariado que responde aos desafios da nação moçambicana, com a participação de todos os segmentos da sociedade.

Falando em representação do governador de Sofala, o director provincial de Juventude, Emprego e Desporto, Zeferino História, indicou que neste ponto do país foi reconhecido o papel do voluntariado, tendo em conta que foi presenteado por apoios de voluntários oriundos de diferentes partes do mundo aquando da passagem de ciclones.

©we world/ CNV

Por seu turno, o presidente do Conselho Nacional do Voluntariado, Deedar Guerra, disse que é expectativa de todos voluntários que o instrumento seja incorporado no Plano Quinquenal do Governo de modo que seja traduzido num compromisso concreto de governação.  

“O instrumento deve ser assumido como um dever de todos moçambicanos comprometidos com os ideias de desenvolvimento harmonioso”, disse Guerra.

// Feira e pinturas marcam efeméride

O DIA Internacional do Voluntário foi marcado por diversas actividades, como a pintura de escolas, feira, exposição de artes plásticas, visita ao parque ecológico, debate sobre o papel do voluntariado na promoção da cidadania, paz, coesão e inclusão, entre várias actividades.

O presidente do Conselho Nacional do Voluntariado, Deedar Guerra, disse que as actividades visam estimular as pessoas a pensarem na máxima “Se Todos Fizessem”, que remete para a ideia de que não só a consciência, mas também o pragmatismo, são fundamentais para o voluntariado.

©we world/ CNV

Guerra disse que as pessoas têm de ter a consciência cada vez mais forte sobre a necessidade de fazer o voluntariado e a cidade da Beira é um testemunho real sobre o que se pode alcançar, sobretudo quando se trata de desastre naturais.

Acrescentou que é importante fazer com que as coisas aconteçam, apesar das dificuldades e dos preconceitos a volta do voluntariado “pois a primeira coisa que aparece na mente das pessoas é que o voluntário é um desocupado, enquanto qualquer um pode exercer essa actividade”.

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