FORMAÇÃO NA INDÚSTRIA EXTRACTIVA: Faculdade de Ciências reduz dependência externa

A CONSTRUÇÃO de laboratórios de Geologia dedicados ao ensino, investigação e extensão universitária contribuirá para a redução da dependência externa na formação técnico-científica na indústria extractiva no país, considera o Presidente da República, Filipe Nyusi.

O Chefe do Estado falava ontem, em Maputo, na inauguração do edifício da Faculdade de Geologia na Universidade Eduardo Mondlane (UEM), construído e apetrechado numa parceria entre o Governo e o Banco Africano Para o Desenvolvimento em África (BADEA), no valor de 11 milhões de dólares, dinheiro aplicado na elaboração do projecto, construção, fiscalização e apetrechamento.

Nyusi considerou a independência técnico­científica questão fundamental no reforço da soberania do país, no domínio específico de conhecimento e actividade social e económica.

“Moçambique é rico em recursos mineiras, e o conhecimento geológico é crucial para o desenvolvimento sustentável. Neste contexto, a Faculdade de Geologia pode ser uma nova via para dar a resposta necessária para exploração neste sector”, sublinhou.

Nyusi defendeu a criação e reforço da capacidade nacional de infra-estruturas, financiamento à investigação e incentivos para retenção de quadros qualificados, para promover o desenvolvimento.

No seu discurso, destacou ainda o facto de a UEM contribuir na formação de quadros qualificados que exercem funções em diversas instituições, quer públicas quer privadas, além de outros que actuam na política.

“Os avanços da instituição colocam desafios a serem superados para garantir uma educação de qualidade, tanto nas infra-estruturas, como no corpo docente e técnico-administrativo”, frisou.

O reitor da UEM, Manuel Guilherme Júnior, explicou que as novas instalações se enquadram no Plano Estratégico 2018-2028, que visa à transformação desta instituição em universidade de investigação.

Explicou que que a faculdade de Geologia vai incrementar a formação de geólogos em áreas de intervenção prioritárias do país, como mineração, exploração de águas subterrâneas, pesquisa e avaliação de potencial de hidrocarbonetos e meio ambiente.

As instalações são constituídas por dois blocos, um para a Faculdade de Ciências e outro para os serviços comuns.

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