MOÇAMBIQUE passou a fazer parte da lista de países com focos críticos de fome, desde Outubro do ano passado, situação propiciada pelas alterações climáticas, com destaque para o “El Niño”, um fenómeno caracterizado pela fraca precipitação.
Embora haja sinais de que o espectro do “El Niño” esteja a enfraquecer, o seu impacto foi severo e generalizado, facto notório nas secas ocorridas na África Austral e as inundações no Leste do continente.
Os dados constam do relatório conjunto da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e do Programa Mundial de Alimentos (PMA), recentemente publicado.
Para além de Moçambique, a lista passou a contar com outros países africanos como a República Centro-Africana, o Líbano, Nigéria, Serra Leoa, Zâmbia, Burquina Faso, Etiópia, Malawi, Somália e Zimbabwe.
Segundo os prognósticos das duas agências, a insegurança alimentar aguda nestes países tende a piorar ainda mais as condições e o risco de vida de milhares de pessoas, nos próximos meses.
Entretanto, com a potencial ameaça do fenómeno climático “La Niña”, entre Agosto e Fevereiro de 2025, as agências da ONU esperam que a situação influencie, de forma significativa, a queda de chuvas e produção de alimentos.