Recreio e Divulgação Família digitaliza obras de Malangatana Por Jornal Notícias Há 6 meses Criado por Jornal Notícias Há 6 meses 707 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 707 A FAMÍLIA Malangatana tenciona abrir, em 2026, um centro de interpretação digital visando imortalizar o nome daquele que foi (1936-2011) um dos maiores protagonistas da história das artes plásticas no país. A inauguração do centro coincidirá com a celebração dos 90 anos que Malangatana completaria se fosse vivo. O centro vai disponibilizar obras, arquivos e outros materiais em formato electrónico para fazer conhecer a um público vasto o contributo artístico do artista moçambicano, com destaque para a pintura e escultura. A iniciativa foi divulgada recentemente pelo filho do artista plástico Mutxine Ngwenya. Segundo ele, já iniciou a recolha do material que irá compor o acervo histórico e bibliográfico do incontornável ícone da cultura moçambicana. “O centro de documentação estará em Matalana, na província de Maputo, e espera disponibilizar os acervos para os cidadãos de qualquer parte do mundo que queiram conhecer os feitos de Malangatana”, referiu. Mutxine afirmou que a iniciativa é aberta ao público e pediu apoio a entidades singulares ou institucionais para avançar com o projecto e a celebração dos 90 anos de nascimento do artista plástico. O centro abordará um dos mais célebres pintores da história do país. Conhecido por seu trabalho nas áreas da pintura e escultura, é considerado um dos grandes ícones da arte contemporânea africana. Nascido em Matalana, distrito de Marracuene, na província de Maputo, trabalhou como criado e apanhador de bolas antes de ser encorajado a desenhar e a pintar, pelo biólogo Augusto Cabral e, posteriormente, pelo arquitecto Pancho Guedes. O centro mostrará porque o seu talento é reconhecido em várias formas de arte como desenho, aquarela, tapeçaria, cerâmica, gravura, escultura monumental em ferro e em cimento, em murais. Explorará a sua versatilidade, afinal também poeta, cantor, dramaturgo, músico e dançarino. Mostrará como em 1959 expôs pela primeira vez, no salão de Artes Plásticas de Lourenço Marques, hoje Maputo. Depois da Independência de Moçambique (1975), participou de numerosas exposições colectivas dentro e fora do país. Em 1986, realizou uma retrospectiva em Maputo. Na década de 1990, exerceu funções políticas como deputado da Assembleia da República pela bancada da Frelimo e na Assembleia Municipal de Maputo, tendo sido reeleito em 2003. Falará das honras por ele recebidas. Em 1995, por exemplo, recebeu a medalha Nachingwea, pela sua contribuição para a cultura moçambicana e foi investido como Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique. Recebeu em 1997 a nomeação “Artista pela Paz”, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e o prémio Príncipe Claus. Foi atribuído o título de “Doutor Honoris Causa” em 2010 pela Universidade de Évora e a condecoração, atribuída pelo governo francês, de “Comendador das Artes e das Letras”. Leia mais… Você pode gostar também Festival da Marrabenta celebra o “calor da fogueira” Malhangalene Jazz Quartet na estreia X-Jazz Jam Session Paulina Chiziane estudada no Brasil Mapiko na lista do património cultural imaterial da UNESCO DIGITALIZAÇÃOMalangatanaOBRAS Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior “Notícias” reconhecido na província de Maputo Próxima artigo Assegurada soberania do país no espaço cibernético Artigos que também podes gostar “Canção de Setembro” de Rafael da Câmara apresentado a título póstumo Há 1 dia Maria João apresenta “Abundância” no “Franco” Há 2 dias Estádio da Machava passa a designar-se Estádio da Independência Há 6 dias THE FUNK OFF: Concerto celebra diversidade artística Há 1 semana Paulina Chiziane fala da independência em entrevista com escritor brasileiro Há 1 semana Artesãs de Palma celebram Dia Mundial de Refugiados em Palma Há 1 semana