Inundações devastam extensas áreas de cultivo

CAMPONESES que exercem actividades nos bairros de Albasine, Mahotas e vale do Infulene, na capital do país, registaram perdas avultadas de diversas culturas devido às últimas chuvas intensas.

A situação poderá comprometer a disponibilidade de produtos como cebola, coentro, espinafre, couve, alface, folha de abóbora, entre outros, que ficaram submersos devido ao acumulo de águas pluviais nos campos de cultivo.

Zaida Simbine, agricultora na baixa de Romão, disse que os solos já estavam saturados, situação que foi agravada pela chuvas, levando à destruição de vários canteiros e reduzindo a produtividade.

“Com as chuvas fortes fomos obrigados a procurar sementes para repor os canteiros devastados e depois reorganizar os campos agrícolas, para minimizar o impacto em caso de futuras precipitações”, explicou.

Lídia Mate, proprietária de campos agrícolas na baixa do Infulene, relatou ter perdido parte do dinheiro investido na produção de couve e alface.

“Estamos, de forma recorrente, a combater as pragas e mudanças da temperatura, incluindo o investimento no pagamento dos trabalhadores e aquisição de pesticidas, mas acabamos registando perdas”, disse.

Ernestina Carlos, camponesa do Albasine, defendeu a necessidade de as associações estarem preparadas para estas adversidades e buscarem sempre ajuda dos parceiros, para se reerguerem.  

Acrescentou existirem culturas adequadas para cada época, daí que se deve realizar alternância para evitar perdas avultadas.

O vereador de KaMavota, Lomelino Matavele, afirmou que decorre a avaliação de danos para posterior disponibilização de sementes e outros insumos agrícolas.

“Numa fase inicial os extensionistas que assistem aos agricultores averiguam a situação no terreno para depois delinear soluções caso haja problemas”, realçou.

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