Vida tende à normalidade em Maputo e Matola

AS cidades de Maputo e Matola ensaiam, desde ontem, o retorno à normalidade, depois de dias de manifestações convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, supostamente em protesto contra os resultados das eleições gerais de 9 de Outubro.

Numa ronda efectuada pelo “Notícias”, nas duas urbes constatou-se um movimento tímido de retorno às actividades do dia-a-dia, sobretudo nas praças, mercados e terminais de transporte de passageiros.

Os bairros que regularmente registam actos de vandalismo e bloqueio de estradas durante as manifestações, como Maxaquene, Polana-Caniço e Luís Cabral, na cidade de Maputo, e Patrice Lumumba, Machava-Km15 e Liberdade, na Matola, acordaram relativamente calmos.

Muitas vias estavam abertas à circulação de viaturas, ao contrário do cenário registado na segunda-feira, altura em que houve bloqueios em alguns bairros das duas cidades.

O mesmo cenário verificava-se nas praças dos Combatentes e da Juventude, tendencialmente violentos, depois da obstrução total das estradas, sobretudo a Avenida Julius Nyerere.

No geral, muitas pessoas cumpriam as suas agendas, uma vez que o dia acordou relativamente tranquilo. Aliás, funcionários dos municípios estiveram envolvidos em trabalhos de limpeza nas estradas e passeios por forma a normalizar a circulação de viaturas.

Em alguns bairros os estabelecimentos comerciais de venda de bebidas e produtos alimentares reabriram as portas.

Num e noutro ponto houve tentativa de marcha, mas não se concretizou porque muitos cidadãos estiveram envolvidos nos seus afazeres, sobretudo de comércio informal.

Entretanto, os agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) e as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) continuaram nas ruas para garantir a ordem e tranquilidade públicas, facto que se prolongará hoje por ocasião da investidura do novo Presidente da República.

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