A FALTA de semáforos, removidos na sequência das manifestações violentas que se registam na capital do país, tem vindo a propiciar a ocorrência de acidentes de viação e trânsito intenso de viaturas em várias rodovias.
O chefe de Educação Cívica no Departamento da Polícia de Trânsito (PT) na cidade de Maputo, José Nhantumbo, anotou que, para além dos sinistros, a ausência da sinalização luminosa exige um esforço adicional da corporação.
“Redobramos a vigilância, destacando agentes para as zonas onde houve vandalização dos semáforos e/ou avarias. Este cenário obriga-nos a equilibrar a regulação do tráfego, a fiscalização e sensibilização, gerando sobrecarga de trabalho”, explicou.
Nhantumbo acrescentou que a situação impõe maior atenção da PT que enfrenta dificuldades, incluindo agressões físicas e verbais. Contudo, mantém-se empenhada em reduzir os acidentes e congestionamentos.
“Apesar dos desafios, estamos a trabalhar. A nossa prioridade é alertar os condutores e regular o trânsito para evitar sinistros”, afirmou.
Entretanto, os munícipes apelam à reposição urgente de semáforos. Zuraida Chiconela, residente em Laulane, que faz o trajecto Hulene/Praça dos Combatentes, destacou que o tempo de deslocação aumenta consideravelmente quando a Polícia não se faz à via, devido à falta de controlo.
“Durante a hora de ponta, é crucial que a PT esteja aqui, porque o tráfego torna-se caótico e o risco de acidentes cresce. Na semana passada, a minha cunhada quase dava à luz no meio desta situação”, contou.
Laura Chissano, pedestre, alertou sobre o risco de atropelamentos, sublinhando a necessidade urgente de se repor a sinalização vandalizada.