Guterres destacada parceria estratégica com União Africana

O SECRETÁRIO-GERAL da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, destacou a sólida parceria entre a instituição que dirige e a União africana (UA).“A parceria entre as Nações Unidas e a União Africana nunca foi tão forte. Juntos, vemos uma África transbordante de esperança e possibilidades. Vocês têm uma população empreendedora e em expansão, incluindo o maior número de jovens do mundo”, disse.Guterres, que falava hoje, na cerimónia de abertura da 38ª Sessão Ordinária da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana, enfatizou o facto do continente ter, igualmente, alguns dos melhores recursos renováveis do mundo.”A Zona de Comércio Livre Continental Africana está preparada para turbinar a economia da região e os apelos para abordar os legados do colonialismo e da escravatura estão a tornar-se cada vez mais fortes, como se reflecte no vosso tema deste ano e como se reflete na liderança de tantas vozes apaixonadas pela libertação de África”, disse.O Secretário-Greral da ONU afirmou também que o mundo nunca deve esquecer que África é vítima de duas injustiças colossais e agravadas.”Em primeiro lugar, o profundo impacto do colonialismo e do tráfico transatlântico de escravos.As raízes remontam a séculos e o fruto amargo continua a afectar africanos e afrodescendentes até hoje. Em segundo lugar, a África estava sob dominação colonial quando o sistema multilateral de hoje foi criado – e essa injustiça perdura.”, frisou.Guterres acrescentou, nesse contexto, que basta olhar para o Conselho de Segurança das Nações Unidas e observa-se que não há desculpa para que a África ainda careça de representação permanente no século 21. “Continuarei a trabalhar com a União Africana e todos os Estados-Membros para assegurar a representação de que África necessita e a justiça que merece – incluindo com dois membros permanentes do Conselho de Segurança. E continuaremos a insistir juntos numa arquitetura financeira internacional que deixe de ser ultrapassada, disfuncional e injusta”, afirmou.

Foto: Presidência da República