DestaqueEditorialSociedade Nacional EDITORIAL Por Jornal Notícias Há 2 meses Criado por Jornal Notícias Há 2 meses 445 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 445 DOIS importantes anúncios marcaram a vida do país esta semana: as medidas destinas a aliviar o alto custo de vida; e a suspensão, pela Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), de voos não rentáveis, incluindo a rota Maputo-Lisboa, visando a consolidação do mercado doméstico e regional.As medidas tendentes à redução do custo de vida anunciadas pelo Presidente da República incluem a possibilidade de isenção do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) dos bens essenciais e revisão da estrutura do preço dos combustíveis líquidos, até porque em relação aos petrolíferos vigora desde ontem uma nova tabela que reflecte as decisões tomadas.Trata-se de medidas que trazem alento, num contexto em que aumenta a frequência de bloqueios de estradas um pouco por todo o país alegadamente em protesto contra o alto custo de vida. Resultante das manifestações, houve destruição do comércio e indústria, levando ao aumento do desemprego. Assim, atendendo ao desespero de algumas famílias, a busca de soluções para inverter o cenário actual demanda coragem e ousadia do Governo. Para já alguns passos foram já dados”, como a injecção de dinheiro no mercado, através do pagamento do 13º salário aos funcionários e agentes do Estado e criação do Fundo de Apoio à Iniciativa Local, virado essencialmente para jovens. Todavia, o objectivo pretendido só será sustentável a longo prazo, se o foco estiver na estrutura produtiva. Há necessidade de se construir uma economia de escala e de se promover maior integração nos mercados, facto que só é possível com o aumento da produção e produtividade, invertendo situações actuais, em que produtos importados são mais baratos que os produzidos localmente. Vale ainda melhorar o ambiente de negócios, tornando-o mais atractivo aos investimentos, reduzindo burocracia e taxas de juro e adoptando medidas mais arrojadas de apoio à agricultura. Contudo, para baixar a tensão, as decisões governamentais devem ser acompanhas por uma forte comunicação com a população, que precisa estar esclarecida sobre as razões de uma solução em detrimento de outra. Entretanto, também nesta semana, a LAM suspendeu os voos inviáveis, enquanto avalia a viabilidade das rotas regionais, como Maputo/Harare/Lusaka e Maputo/Cidade do Cabo. O argumento é de um novo posicionamento na qualidade de produtos e serviços de assistência aos passageiros. Na realidade, trata-se de outro desafio, assumindo que a empresa vem registando resultados negativos nas operações em que está envolvida. A expectativa é que a nova administração tenha, definitivamente, encontrado a chave para tirar a empresa do vermelho, sob ponto de vista de resultados financeiros. Aliás, sendo a LAM integrante do sector empresarial do Estado, tem a obrigação de enveredar por uma gestão cautelosa, eliminando todas as despesas que se mostrarem supérfluas. Todavia, sem descurar o papel social da companhia, que inclui garantir ligações aéreas pelo menos das capitais provinciais, mesmo que tais rotas não tragam grandes benefícios económico-financeiro à empresa. Auguramos que desta vez nos possamos, finalmente, orgulhar de termos uma companhia aérea de bandeira. Foto: Féling Capela Leia mais… Você pode gostar também PESQUISA DE PETRÓLEO E GÁS: ENH vai especializar-se em perfurações no mar RECURSOS MINERAIS: Pensa-se em banir exportação em bruto Moçambique e Malawi simplificam comércio BACIAS DO SAVE E ANGOCHE: Governo aprova contratos de pesquisas de petróleo Editorial Jornal Noticias Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior PR abre ano operacional militar Próxima artigo TRÁFICO DE DROGAS: Supremo pede mais eficácia no confisco de bens ilícitos Artigos que também podes gostar OTM: Salário mínimo está longe de cobrir cesta básica Há 12 horas Comunicação Social pede salários justos Há 13 horas “Continuadores” saúdam trabalhadores Há 13 horas Ataque terrorista faz duas vítimas mortais no Niassa Há 13 horas 1.º DE MAIO: PR apela à responsabilidade colectiva Há 13 horas Aprovados instrumentos para o avanço do Diálogo Político Há 1 dia