Zelensky disponível para deixar o cargo

O PRESIDENTE ucraniano disse estar disponível para deixar o cargo “imediatamente” em troca da entrada da Ucrânia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla inglesa).

“Se precisarem mesmo que eu deixe o meu posto, estou pronto”, assegurou Volodymyr Zelensky, numa conferência de imprensa em Kiev, no domingo, citado pela AFP, na véspera do dia em que se assinalou três anos da invasão da guerra na Ucrânia.

Zelensky manifestou esta abertura para deixar o cargo quando questionado pelos jornalistas sobre as exigências do Presidente norte-americano, Donald Trump, para que realize eleições.

“Nestas condições, imediatamente”, disse, citado pela EFE.

O Presidente dos Estados Unidos da América (EUA) chamou recentemente Zelensky de “ditador sem eleições”, evidenciando que exigirá a convocação de eleições para assinar um acordo de paz com a Rússia.

O mandato de Zelensky terminou em Maio do ano passado, mas o chefe de Estado mantém-se em funções, dado que a lei ucraniana proíbe o voto enquanto a lei marcial estiver em vigor no país.

“Sou o Presidente eleito legalmente, não pela força ou porque assumi o poder: 73 por cento votaram em mim”, apontou Zelensky, lembrando a percentagem de votos que recebeu nas eleições de 2019.

A aproximação entre Washington e Moscovo levam a maioria das capitais europeias a temer que a Rússia se torne ainda mais poderosa no continente.

Ontem, a Ucrânia assinalou o terceiro aniversário do início da guerra contra a Rússia, que desencadeou uma guerra com um balanço de perdas humanas e materiais de dimensão ainda não inteiramente apurada.

A Amnistia Internacional defende que, nas negociações sobre o futuro do povo da Ucrânia, deve ser dada “prioridade à justiça para todos os crimes de direito internacional cometidos.”

Agnès Callamard, secretária-geral da Amnistia Internacional, declara, em comunicado, que “o terceiro aniversário da agressão russa é uma recordação gritante do muito que o povo da Ucrânia suportou e perdeu; da devastação que a Rússia provocou contra a Ucrânia.”

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