Apreendidas mais de quatro mil toneladas de drogas

AS autoridades moçambicanas apreenderam, no ano passado, mais de quatro mil toneladas de drogas oriundas de vários pontos do mundo, um cenário que evidencia que o país continua a ser usado como corredor do tráfico.

Deste universo, cerca de duas mil toneladas são de cocaína, 1.8 mil de cannabis sativa e 467 quilogramas de mentafetamina.

Só em Junho e Novembro, por exemplo, o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) apreendeu no Aeroporto Internacional de Maputo e no Porto de Maputo mais de 1.5 mil toneladas e 500 quilogramas de cocaína provenientes do Brasil e Índia, disfarçados em rebuçados e material de construção, respectivamente.

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Os dados foram partilhados, recentemente, em Nampula, na Reunião de Planificação Nacional do Gabinete Central de Prevenção e Combate à Droga, orientada pelo secretário de Estado nesta parcela do país, Plácido Pereira, cujo objectivo era avaliar o grau de cumprimento das recomendações emanadas e desenhar estratégias para o presente ano.

O porta-voz do encontro, Inácio Viniche, fez saber que as cidades de Maputo, Beira e Nampula são as usadas como corredores do tráfico e do consumo de estupefacientes produzidas no exterior, tais como cocaína, heroína, anfetaminas, entre outras.

Disse, ainda, que no ano em alusão 23 mil pacientes receberam atendimento ou tratamento de perturbações mentais e comportamentais, um incremento de mais de sete mil casos se comparado a 2023, em que foram assistidos 16 mil.

O secretário de Estado, Plácido Pereira, referiu que o tráfico e consumo de drogas na sociedade têm uma relação intrínseca com a criminalidade, instabilidade social e conflitos familiares, pois concorrem para ocorrência de problemas físicos e mudanças comportamentais.

Por isso defende maior e melhor investimento e coordenação de acções de prevenção e combate, com impacto nas comunidades, principalmente nos adolescentes e jovens, grupos mais afectados por este mal.

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