Venda informal de telemóveis um acto que pune inocentes

ELÍSIO MUCHANGA

A VENDA de telemóveis na via pública e nas redes sociais está a aumentar em quase todas as esquinas e mercados das grandes vilas e cidades, incluindo a capital do país.

Trata-se de um negócio aparentemente lucrativo, tendo em conta a velocidade com que são vendidos os aparelhos e o facto de o vendedor não assumir quaisquer responsabilidades depois de consumada a venda.

Muitas pessoas já foram detidas por terem comprado um telefone roubado.

Fontes do “Notícias” defendem que deveria haver controlo na venda destes aparelhos na praça pública por serem, muitas vezes, roubados.

Francisco Lichucha, defensor dos direitos do consumidor, explica que nas grandes cidades este negócio deveria ser exercido exclusivamente por estabelecimentos formais e especializados.

Apela aos consumidores a estarem atentos, colaborarem e não adquirirem bens duráveis no sector informal, porque, procedendo desta forma, estarão a ajudar a reduzir o risco de serem burlados ou comprarem aparelhos roubados.

Entende que a Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE) deveria também estar mais atenta a esta realidade.

“A venda de telemóveis no sector informal deveria ser proibida. Como sabeis, os celulares, hoje em dia, podem ser usados para práticas ilícitas. Numa situação em que os utilizadores de telefones não são localizáveis, isso pode representar um perigo”, disse.

Anotou que os telemóveis comprados na rua podem ser usados por raptores e outras pessoas mal intencionadas, pois muito facilmente conseguem adquiri-los e driblar as autoridades, colocando em causa a segurança do Estado e das pessoas.

Como forma de combater este facto, a fonte propõe a detenção de quem for encontrado a vender telefones na rua, bem como a emissão de comunicados pelo Instituto Nacional de Comunicações (INCM) e outros órgãos de comunicação a proibir a venda de telefones na rua e em todo o sector informal.

Acrescentou que a venda de telefones deveria ser da inteira responsabilidade dos estabelecimentos oficiais como acontece noutros países, onde nem recargas sequer se compram na rua.

Incentiva ao Ministério da Ciência e Transformação Digital a ter uma atenção especial à solução deste tipo de actividade que prejudica consumidores incautos.

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