DestaqueEditorial EDITORIAL Por Jornal Notícias Há 1 mês Criado por Jornal Notícias Há 1 mês 422 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 422 A semana iniciou com uma notícia trágica. Referimo-nos ao acidente de viação ocorrido no Posto Administrativo de Cafumpe, distrito de Gondola, província de Manica, que resultou em 22 mortos e feridos graves. Na verdade, o acidente de Gondola não foi o único esta semana, mas é o que mais impacto gerou, devido ao elevado número de vítimas mortais. À semelhança de outros sinistros graves, o de Cafumpe também envolveu um transporte semicolectivo de passageiros que, no caso, fazia o trajecto Chimoio-Gondola, e que colidiu com um camião ido do Porto da Beira, em Sofala, que seguia no sentido contrário. O embate, segundo a Polícia, foi causado por ultrapassagem irregular pelo transporte semicolectivo. A gravidade do acidente de Cafumpe levou o Presidente da República, Daniel Chapo, a orientar as autoridades competentes no sentido de em uma semana apresentarem um plano para a redução da sinistralidade rodoviária no país. Trata-se de uma medida oportuna, atendendo que para além das vidas humanas que se perdem devido aos acidentes há, igualmente, danos económicos resultantes da destruição das viaturas, algumas das quais irrecuperáveis. É que, para além de mortes, os acidentes causam feridos que muitas vezes levam a internamento, pressionando ainda mais o Sistema Nacional de Saúde, com implicações na capacidade do Estado de responder à demanda por cuidados médicos. De igual forma, as mortes e ferimentos representam, de alguma forma, um prejuízo na disponibilidade de mão-de-obra para continuar a contribuir na produção da riqueza. Entretanto, apesar da complexidade dos factores apontados como causa destes acidentes e da multiplicidade de entidades envolvidas no controlo e gestão do tráfego, estamos esperançados que o plano recomendado pelo Presidente da República venha a contribuir, de facto, na mitigação deste mal, que tende a se tornar um problema de saúde pública em Moçambique. Por enquanto é escassa a informação sobre o plano recomendado, até porque o documento terá, ainda, de ser debatido ao nível do Conselho de Ministros. Ainda assim, vale a pena sugerir que a implementação de medidas de mitigação da sinistralidade seja permanente, não se limitando aos períodos imediatamente a seguir aos acidentes. Numa outra vertente, esperamos que o recente anúncio da reactivação de postos de controlo de velocidade e outro tipo de contravenções possa baixar os índices de sinistralidade rodoviária. É que nas condições actuais é quase impossível reduzir o número de acidentes devido à desordem instalada, em que muitos motoristas não acatam as recomendações da Polícia, mesmo quando está em causa a segurança dos passageiros. Apelamos, igualmente, que as campanhas de educação rodoviária nas escolas abranjam também mercados e outros locais de aglomeração de pessoas visando reduzir os atropelamentos. Contudo, para que as medidas tenham o efeito desejado torna-se fundamental o combate à corrupção, sobretudo no seio dos agentes da Polícia de Trânsito, porque sem a colaboração destes pouco ou quase nada mudará na prática. Aos cidadãos, no geral, estes são chamados a colaborar com as autoridades, porque a tarefa da redução da sinistralidade rodoviária é de todos. Leia mais… Você pode gostar também Chuvas acompanhadas de caos ANE avalia estado das pontes metálicas QUALIFICAÇÃO AO CAN-2025: Moçambique estreia-se esta noite frente ao Mali MALEIANE AOS GESTORES PÚBLICOS: Gerir de forma criteriosa os recursos disponíveis DESTAQUESEDITORIAL Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior GARANTE IMOPETRO: Há combustível para 22 dias Próxima artigo Chefe do Estado endereça mensagem de saudação aos médicos Artigos que também podes gostar OTM: Salário mínimo está longe de cobrir cesta básica Há 2 horas Comunicação Social pede salários justos Há 2 horas “Continuadores” saúdam trabalhadores Há 2 horas Ataque terrorista faz duas vítimas mortais no Niassa Há 2 horas 1.º DE MAIO: PR apela à responsabilidade colectiva Há 2 horas Aprovados instrumentos para o avanço do Diálogo Político Há 18 horas