DestaqueEditorial EDITORIAL Por Jornal Notícias Há 4 meses Criado por Jornal Notícias Há 4 meses 2,5K Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 2,5K O Processo eleitoral na Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) conheceu o seu epílogo na quarta-feira, com a escolha do empresário Álvaro Massingue para a presidência desta que é a maior organização empresarial do país. Trata-se dum acto que esteve desde o primeiro momento envolto em disputas que chegaram a envolver tribunais, num espectáculo que não abona a imagem do sector privado, muito menos o ambiente de negócios. Portanto, a relevância destas eleições não se resume apenas na dimensão do empresário Álvaro Massingue, que encabeça a lista da Câmara do Comércio de Moçambique; arrasta consigo a imagem do sector privado, que fica beliscada perante parceiros de negócios dentro e fora do país. Vale recordar que a CTA foi criada em 1996, na conversão da Comissão de Trabalho das Associações (CTA), órgão que tinha como objectivo responder aos desafios da introdução da economia de mercado. Desde logo a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) assumiu-se como organização económica não-governamental e apartidária, cuja missão é contribuir para o desenvolvimento baseado no crescimento do sector privado, promovendo e protegendo as oportunidades de negócios e iniciativas privadas, cultura e associativismo empresariais. Periodicamente, em Assembleia-G, elege os órgãos directivos, acto que, infelizmente, se vem tornando polémico, aparentemente, com os candidatos a recorrem a mecanismos não convencionais para alcançar o poder. E não é a primeira vez que isso acontece… No caso deste ano, o mais grave é que a Direcção-cessante e a Comissão Eleitoral deram-se ao luxo de desrespeitar, pública e recorrentemente, as decisões de um tribunal, num claro sinal de que esta organização é uma ilha, onde tudo se faz para se alcançar certos objectivos. Não nos cabe discutir, nesta reflexão, as motivações que levaram as partes ao tribunal, contudo entendemos que a partir da altura em que há uma deliberação deste órgão de soberania sobre a matéria controvertida não há espaço para incumprimentos, até porque a lei (constitucional e ordinária) determina que as decisões jurisdicionais são de cumprimento obrigatório por todos – pessoas singulares e colectivas (instituições). Não se compreende como é que, havendo determinação do tribunal para a inclusão de determinada lista no escrutínio, alguém ainda se deu ao luxo de emitir cartas restringindo os direitos eleitorais de outrem. Aliás, a inclusão da lista de Massingue veio a ser autorizada nas vésperas da votação, por deliberação da própria Assembleia-Geral, como se este órgão estivesse acima de um órgão de soberania, no caso o Tribunal Judicial da Cidade de Maputo. É chegada a altura de a CTA se rever, para que de facto seja verdadeiro parceiro do diálogo com o Governo, em representação do sector privado. Não se pode ter representantes da principal organização empresarial parceira do Governo na promoção de melhor ambiente de negócios com a imagem beliscada por actuações irresponsáveis. A avaliar pela celeuma e disputa renhida que caracterizaram estas e outras eleições na CTA, é lícito pensar que deve haver algo mais, em termos de ganhos pessoais, do que o simples representar o sector privado… Leia mais… Você pode gostar também Moçambique fecha mandato no Conselho de Segurança VÍTIMAS DE UNIÕES PREMATURAS: Resgatadas acima de 2250 raparigas Exumado corpo da anciã enterrada viva pelos filhos “Estamos a empoderar a mulher” CTADESTAQUESEDITORIAL Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior PR em visita de trabalho em Angola Próxima artigo Cuamba enfrenta crise de gasolina Artigos que também podes gostar Ministério dos Transportes e Logística em Conselho Coordenador Há 8 horas Aumenta número de mortes por sinistros rodoviários Há 9 horas Provedoria de Justiça inaugura primeira delegação Há 9 horas Jovem mata o pai à facada após repreensão Há 10 horas PR lança auscultação pública para o diálogo inclusivo Há 10 horas Simpósio debate relações entre Moçambique e Brasil Há 11 horas