Prostituição infantil inquieta residentes do Albazine

Residentes do bairro de Albazine, na cidade de Maputo, estão preocupados com o aumento de crianças envolvidas na prostituição, consumo de álcool e drogas. Segundo contam, muitos desses adolescentes acabam em actos criminosos e as raparigas são vítimas de violência, denunciando os casos no posto policial local.
As barracas próximas das escolas Secundária Joaquim Chissano, Khurula e Básica de Albazine são apontadas como locais que facilitam o consumo, por operarem à margem da lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas a menores.
No antigo terminal de transportes, conhecido como “Desapego”, os moradores dizem que as estudantes, algumas uniformizadas, trocam sexo por dinheiro.
“Vejo muitas meninas a saírem da escola para beber. É triste. À noite, principalmente às sextas-feiras, mudam de roupa e ficam nas barracas a ‘vender-se’”, contou Rosalinda Manhiça, do quarteirão 4.
O chefe do quarteirão 18, Hélder Planta, denuncia menores a consumirem cigarros electrónicos e bebidas alcoólicas escondidas em latas de refrigerantes.
“A polícia deve apertar o cerco e fiscalizar as barracas porque vendem próximo das instituições de ensino e a menores. Nas escolas, deviam revistar as mochilas. Muitos escondem cigarros e cannabis-sativa”, disse.
Face ao cenário, a Polícia da República de Moçambique (PRM) afecta à 23.ª Esquadra e líderes comunitários reforçaram o patrulhamento e campanhas de sensibilização.
As autoridades mostraram-se ainda preocupadas com a circulação de vídeos e áudios nas redes sociais, denunciando casos de prostituição infantil, consumo de drogas e ameaças feitas por clientes às menores envolvidas.

Foto: Féling Capela

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