Tanzanianos votam em eleições gerais

CERCA de 37,7 milhões de eleitores na Tanzania estão convocados a votar nas eleições gerais de amanhã, um escrutínio marcado pela exclusão dos dois maiores partidos da oposição.

De acordo com o “The Conversation”, citado pela agência Lusa, o país elege simultaneamente o Presidente – para um mandato de cinco anos que é renovável uma vez -, o Parlamento – 272 deputados – e os conselheiros locais.

A Presidente Samia Suluhu Hassan, que concorre ao seu primeiro mandato completo depois de ter assumido o cargo em 2021 – após a morte súbita do então chefe de Estado, John Magufuli – é apontada, de forma antecipada, como vencedora.

O “The Conversation” explicou que dos 272 deputados, 222 são eleitos no continente e 50 no arquipélago semi-autónomo de Zanzibar, que irá também eleger o seu presidente local.

O presidente do Zanzibar, Hussein Mwinyi – do mesmo partido de Hassan – procura um novo mandato.

A Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) vai enviar ao escrutínio 80 observadores de 10 países, entre os quais Moçambique, mas anunciou que não conseguirá cobrir quatro regiões devido a “restrições de capacidade”.

O principal partido da oposição, o Chadema, está banido das eleições, após se ter recusado a assinar um código eleitoral que considerava “ilegítimo”. Outro partido excluído da corrida eleitoral é o CT-Wazalendo.

O  líder do Chadema, Tundu Lissu, está preso desde Abril sob acusações de traição e enfrenta uma possível pena de morte.

O antigo embaixador em Cuba Humphrey Hesron Polepole, crítico feroz do Governo, desapareceu há mais de duas semanas. Outro dirigente do Chadema, Ali Mohamed Kibao, foi encontrado morto em Setembro do ano passado, com sinais de tortura e queimaduras de ácido.

A repressão atingiu também figuras como John Heche, vice-presidente do Chadema, que foi preso a 22 deste mês, dias depois de ter visto o seu passaporte apreendido quando tentou sair do país para assistir ao funeral do político queniano Raila Odinga.

Leia mais…