Quinta-feira, 1 Maio, 2025
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TANZANIA: Principal partido da oposição fora das eleições

Por Jornal Notícias
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O PRINCIPAL partido da oposição da Tanzania, o CHADEMA, foi desqualificado das eleições previstas para o final deste ano, disse um alto funcionário da comissão eleitoral no sábado, dias depois de o líder do partido ter sido acusado de traição por alegadamente tentar perturbar a votação.

Ramadhani Kailima, director de eleições da Comissão Eleitoral Nacional Independente, disse que o CHADEMA não assinou o código de conduta eleitoral previsto para sábado, anulando assim a sua participação nas eleições presidenciais e parlamentares previstas para Outubro.

“Qualquer partido que não tenha assinado o código de conduta não participará nas eleições gerais”, disse, acrescentando que a proibição também abrangeria todas as eleições suplementares até 2030.

O líder da CHADEMA, Tundu Lissu, antigo candidato presidencial, foi acusado de traição na quinta-feira. A decisão de desqualificar o seu partido intensificará o escrutínio do historial da Presidente Samia Suluhu Hassan em relação aos direitos humanos, numa altura em que procura a reeleição.

Os activistas dos direitos humanos e os partidos da oposição acusaram o Governo de Hassan de uma crescente repressão contra os opositores políticos, citando uma série de raptos e assassinatos inexplicáveis. O Governo negou as acusações e abriu uma investigação aos raptos reportados.

O partido de Hassan, Chama Cha Mapinduzi (CCM), disse no passado que o Governo respeita os direitos humanos e negou qualquer envolvimento em violações dos direitos humanos.

O CHADEMA não comentou de imediato a decisão da Comissão Eleitoral. Antes, o partido havia dito que não participaria na cerimónia de assinatura do código de conduta eleitoral, como parte de um esforço para pressionar a realização de reformas.

Os procuradores acusaram Lissu na quinta-feira de convocar o público para iniciar uma rebelião e impedir a realização das eleições. Não lhe foi permitido declarar-se culpado da acusação de traição, que pode resultar em pena de morte.

O CHADEMA já tinha ameaçado boicotar as eleições a menos que fossem feitas reformas significativas num processo eleitoral que, segundo ele, favorece o partido no poder.

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