Família perde rancho em tumultos envolvendo Polícia Municipal e moto-taxistas

RANCHO avaliado em cerca de quatro mil meticais foi arrancado, recentemente, pela Polícia Municipal na cidade de Tete durante um tumulto com moto-taxistas no Mercado Kwachena, estando a família a enfrentar adversidades para recuperá-lo.

O facto deu-se no quadro de um trabalho de sensibilização e actuação de moto-taxistas irregulares no “Kwachena”, que terminology com actos de vandalismo. No momento em que um moto-taxista levava rancho para casa do seu cliente, foi interpelado pelos agentes da polícia e por ter documentos fora de validade foi arrancado a mota e os produtos que carregava.

António Remígio, dono do rancho, contou que logo após se separar do taxista recebeu uma chamada, por meio da qual foi informado que os seus produtos foram levados.

Disse que imediatamente aproximou-se ao posto da Polícia Municipal, onde foi dito que se devia dirigir ao Comando.
“Saí para o mercado para fazer o rancho antes de começar a greve. Comprei um saco de arroz, cinco litros de óleo, três latas de milho, dois quilos de detergente em pó, um quilo de açúcar, uma caixa de esparguete. Entreguei a um taxista conhecido, paguei e pedi que fosse deixar na minha casa”, detalhou.
Acrescentou que ao chegar ao Comando foi explicado que deveria pagar uma multa para conseguir levantar os produtos.

Avançou que submeteu, em seguida, um pedido de audiência com o Presidente de Município, César de Carvalho, que lhe orientou a falar com o comandante. Mas nesta instância foi-lhe informado que muitos produtos perderam-se durante os tumultos.

O porta-voz da Polícia Municipal, Zito Pires, reconheceu, em contacto com o “Notícias”, que houve má-fé por parte dos agentes ao recolher os produtos do cliente do taxista, referindo que os munícipes em nenhum momento da actuação aos moto-taxistas devem sair prejudicados, pelo que medidas serão tomadas com vista a devolver-se os produtos ao cidadão.

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