REFLEXÕES DA MUVALINDA: Autoconhecimento

CÂNDIDA MUVALE

VIROU clichê os coachs de desenvolvimento pessoal, profissional e os palestrantes motivacionais em muitas plataformas das media sociais falarem que devemos ter e/ou desenvolver o autoconhecimento, mas vezes sem conta eles não explicam exactamente o que é o tão famoso e idolatrado: autoconhecimento.

De acordo com uma breve pesquisa podemos definir autoconhecimento como um processo contínuo de compreender a si mesmo, suas emoções, pensamentos, comportamentos, habilidades e limitações. Envolve a exploração e a reflexão sobre a própria identidade, valores, crenças e experiências de vida.

O autoconhecimento é fundamental para o desenvolvimento pessoal, pois permite que uma pessoa compreenda melhor suas motivações, tome decisões mais alinhadas com seus objectivos e viva de forma mais autêntica e satisfatória. O autoconhecimento também é bom para as relações interpessoais pois uma vez que tens uma visão mais acertada sobre ti mesmo estás mais apto a te relacionares com as pessoas que te rodeiam estabelecendo limites sobre as questões que te incomodam ou são para ti desconfortáveis.

O autoconhecimento também é uma ferramenta valiosa para a nossa vida profissional pois um bom profissional terá clareza sobre as suas potencialidades, habilidades, pontos fortes e fracos o que o irá ajudar a maximizar a sua produtividade como também a melhorar os seus déficits, sair da sua zona de conforto e se desafiar a adquirir ou treinar novas habilidades e competências.

Pelo descrito acima e o que os gurus de desenvolvimento pessoal ensinam, dá a impressão que o autoconhecimento é a panaceia, ou seja, é a cura milagrosa para todos os males que nos afligem a nível intra e interpessoal. Embora o autoconhecimento seja extremamente valioso e benéfico para o desenvolvimento pessoal, devemos ter em conta que ele não resolve automaticamente todos os desafios da vida. No entanto, pode fornecer uma base sólida para lidar com esses desafios de maneira mais eficaz.

É importante lembrar que o autoconhecimento é apenas um aspecto do desenvolvimento pessoal e que outros factores, como habilidades sociais, apoio emocional, rede de apoio, educação, saúde, espiritualidade etc também desempenham papéis importantes na vida de uma pessoa.

Para aumentar ou desenvolver o autoconhecimento, é importante praticar a autorreflexão e a autoavaliação (num futuro em breve falarei de forma mais aprofundada sobre eles). Algumas dicas que posso dar ao estimado leitor para desenvolver o autoconhecimento são:

– Praticar a meditação: a meditação pode ajudar a acalmar a mente e a aumentar a consciência de si mesmo;

– Manter um diário: escrever regularmente sobre pensamentos, emoções e experiências pode ajudar a ganhar insights sobre si mesmo;

– Buscar feedback: pedir feedback honesto de amigos, familiares ou colegas pode fornecer perspectivas valiosas sobre suas qualidades e áreas de melhoria;

– Explorar interesses e paixões: experimentar novas actividades e hobbies pode ajudar a descobrir mais sobre si mesmo e suas preferências;

– Procurar ajuda profissional: puxando a sardinha para o meu lado é importante realçar que a psicoterapia ou aconselhamento psicológico podem ser úteis para explorar questões pessoais mais profundas e obter orientação para o autoconhecimento, logo ir ao psicólogo não deve constituir motivo de alarme.

Devemos sempre nos lembrar que  o autoconhecimento é um processo contínuo, que requer tempo, paciência e autocompaixão. E como a Bíblia sabiamente nos lembra em Provérbios 4:23: “Acima de tudo que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida”. Este versículo enfatiza-se a importância de cuidar do nosso coração, que na Bíblia frequentemente representa a essência do nosso ser, nossos pensamentos, emoções e motivações. Isso pode ser interpretado como um convite ao auto exame e à busca pelo autoconhecimento para viver uma vida alinhada aos princípios de Deus.

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