Malangatana e Bertina Lopes expostos na Bienal de Veneza

OS pintores Malangatana e Bertina Lopes, dois dos mais sonantes nomes da história das artes plásticas moçambicanas, ambos falecidos, terão as suas obras expostas na Exposição Internacional de Arte 2023, da Bienal de Veneza, na Itália.

Ambos estão entre 332 nomes que participarão na mostra “Estrangeiros em Todos os Lugares”, programada para entre 20 de Abril e 24 de Novembro, tendo como foco o movimento migratório.

Segundo o brasileiro Adriano Pedrosa, curador da exibição, que recentemente falou da mostra, o nome é emprestado de uma série de artista Claire Fontaine em diferentes idiomas, cuja frase, por sua vez, vem do nome de um colectivo de Turim, que lutou contra o racismo e a xenofobia na Itália, no início dos anos 2000.

Segundo o curador, o conceito de “estrangeiro” compreende a crescente crise de refugiados e das heranças da diáspora, bem como aqueles que se encontram nesta condição no seu próprio território.

A exposição será dividida em dois núcleos principais, um contemporâneo e outro histórico. O primeiro inclui artistas marginalizados, autodidactas e indígenas. Contará com uma secção especial dedicada ao “Arquivo da Desobediência”, um projecto de Marco Scotini, que desde 2005 pesquisa vídeos com foco na intersecção entre práticas artísticas e activismo.

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