DestaqueEditorial EDITORIAL Por admin-sn Há 7 meses Criado por admin-sn Há 7 meses 4,2K Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 4,2K A RECENTE participação de Moçambique, como observador, na 7.a Cimeira do Fórum dos Países Exportadores do Gás (GEFC), em Argel, demonstra a perspicácia da diplomacia moçambicana no aproveitamento dos palcos multilaterais para a defesa do interesse nacional. É que, num contexto de crescentes pressões para a adopção de medidas mais robustas no âmbito da descarbonização e utilização de fontes de energia limpas e amigas do ambiente, o país não se deve coibir de procurar parcerias que defendam o direito soberano de usar o seu gás natural em benefício da população. Na verdade, o GEFC é uma plataforma acertada para esse fim porque, em última análise, defende os interesses comuns dos membros, aliás, uma forma encontrada para garantir a estabilidade e segurança na procura e oferta nos mercados globais do gás. Moçambique continua entre os mais prejudicados no processo de transição energética, contribuindo com menos de 0.5% de emissões de gases de efeito estufa. O Governo elegeu o gás natural como energia de transição, mesmo possuindo uma matriz energética limpa, que esclarece que 70% da electricidade produzida provém de fontes hídricas, 14% de gás natural e 16% de outras fontes, como o sol. No entanto, o país necessita do gás natural para gerar electricidade, combustível para o transporte e produção de fertilizantes químicos utilizados na agricultura, uma actividade de renda e sustento para a maior parte da população moçambicana. De igual modo, precisa do gás para a indústria e, obviamente, para incrementar as suas exportações. Trata-se, portanto, de um recurso que se espera venha a ser o grande impulsionador do crescimento económico. Por isso, a participação de Moçambique neste fórum, no caso através de uma delegação chefiada pelo Presidente da República, é de extrema importância para o futuro do país como um dos provedores de gás. Dizemos isto porque o GEFC integra países como Qatar, Trindade & Tobago, Argélia, Egipto, Nigéria, Irão, Venezuela, Rússia, Líbia, Bolívia, Guiné Equatorial, Angola, Azerbaijão, Iraque, Malásia, Mauritânia e Peru, que representam 70% das reservas comprovadas de gás natural, 44% de produção comercializada, 52% de gasoduto e 51% das exportações do gás natural liquefeito em todo o mundo. Estes Estados são, portanto, os mais indicados para a defesa deste recurso energético. Vale a pena enaltecer o pragmatismo da diplomacia moçambicana na 7.a Cimeira Fórum do GEFC, ao ter sabido consciencializar aos pares sobre a pertinência de se colocar na agenda de discussões a instabilidade provocada por guerras na Europa, Médio Oriente e os ataques terroristas que provocam a deslocação de milhares de cidadãos indefesos, particularmente na província de Cabo Delgado. Tais conflitos, por afectarem o mercado do gás, merecem, igualmente, acção concertada de todos os membros, na defesa dos interesses comuns. É por estas e outras razões que vemos com bons olhos o facto de Moçambique ter se apercebido que o GEFC é uma janela de oportunidades para a defesa do seu interesse nacional, sobretudo num contexto em que se perspectiva que o gás venha a ser catalisador do crescimento económico. Leia mais… Você pode gostar também Tribunal Marítimo só age mediante promoção da PGR Rolinho Farnela nomeado Secretário de Estado em Tete Editorial PORTO DE MAPUTO: Investimentos adicionais a partir de Junho próximo EDITORIAL Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior Chefe do Estado visita Zambézia Próxima artigo NYUSI AOS ÓRGÃOS AUTÁRQUICOS: Foco é na qualidade de vida das pessoas Artigos que também podes gostar Chefe do Estado na Cimeira do Futuro em Nova Iorque Há 2 horas Nyusi empossa reitor da UP Maputo Há 12 horas HCB continua a produzir o suficiente apesar da seca Há 12 horas REAFIRMA PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Governo mantém compromisso de elevar acesso à electricidade Há 13 horas EDITORIAL Há 13 horas Desporto usado para reabilitar reclusos Há 14 horas