CERCA de um milhão de produtores do Sul e centro do país tem a sua produção comprometida na presente safra agrária, como consequência da escassez de chuvas e registo de calor intenso, intercalados por precipitação torrencial que provocou inundações.
A informação foi partilhada ontem em Inhambane pela presidente do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), Luísa Meque, na abertura de um seminário de capacitação de jornalistas da região Sul sobre sistemas de aviso prévio de cheias, ciclones e seca, que decorre nesta urbe.
Meque disse que para enfrentar a escassez de precipitações, o INGD, com o apoio de parceiros, está a implementar acções antecipadas em nove distritos áridos das províncias de Gaza, Tete e Sofala.
No âmbito da promoção da resiliência climática, a médio e longo prazo, o INGD está a construir 20 furos multi-funcionais e 15 reservatórios escavados para retenção e conservação de água em dez distritos de Maputo, Gaza e Inhambane.
Indicou que o INGD já entregou 50 por cento das infra-estruturas hídricas beneficiando 250 mil pessoas nas províncias abrangidas pelo projecto.
A governante recordou que Moçambique é dos países africanos mais expostos e vulneráveis a diferentes tipos de riscos ou ameaças, sobretudo cheias, secas, ciclones tropicais, descargas atmosféricas e epidemias.
Esta situação, segundo explicou, tem vindo a forçar a migração de pessoas das zonas impactadas para as relativamente seguras, colocando em risco o equilíbrio ambiental nas áreas de assentamento.


