Opinião & Análise CÁ DA TERRA: Os desacatos não produzem, só destroem Por Jornal Notícias Há 2 semanas Criado por Jornal Notícias Há 2 semanas 578 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 578 MESMO antes das chamadas greves acontecerem estava bem claro que apesar do seu carácter “pacífico”, tendo como mote os resultados eleitorais, esta rapidamente degeneraria em refrega, ganhando proporções violentas e sobretudo com uma elevada carga de vandalização de propriedade alheia. Os prejuízos desta maratona de desacatos certamente que ainda estão por contabilizar, mas dentre muitos quem sentiu no imediato é o pacato cidadão, que foi impedido de se fazer ao seu posto ganha-pão de que depende para o seu sustento e dos familiares. Claramente não estávamos perante manifestantes de determinado partido político e tão pouco de simpatizantes, pois era suposto estes terem uma conduta pública imaculada. Se o propósito das “greves” é este então “algo certo está errado”. A questão aqui é se os que se fazem às ditas greves estão educados no sentido de se conformarem com a lei e a respeitarem as instituições do Estado, ou estamos perante oportunistas que vivem da ocasião, jovens frustrados, desempregados, a quem se deve dar uma atenção pela sua capacidade de destruir o país, pois muitos deles não têm nada a perder. Neste sentido, cabe aqui chamar à razão os políticos, devido ao seu papel crucial na promoção da paz e estabilidade no período pós-eleitoral. Cabe aos líderes dos partidos políticos exercer o poder de controlar ou transmitir aos seus apoiantes a mensagem de não violência, harmonia, concórdia e, acima de tudo, tolerância política. Os líderes políticos devem entender que as suas palavras e acções têm o poder de acalmar ou inflamar os ânimos. Este é o momento de agir com responsabilidade. Cansa que em cada ciclo eleitoral ocorra tensão e incertezas, resultando, muitas vezes, em mortes desnecessárias, tal como, mais uma vez, se assistiu na segunda-feira. A paz não é um luxo, mas uma necessidade para o desenvolvimento humano. As lideranças políticas não se podem esconder atrás de discursos polarizantes, pois só aumentam a tensão e a hostilidade e dificultam o diálogo e a busca de soluções pacíficas para os conflitos. O país pauta pela democracia e é neste espírito que tudo deve ser feito, o que remete para a necessidade de observância da legalidade. Os políticos devem ser os primeiros a agir em conformidade com a lei para que o cidadão também perceba a sua importância, sobretudo do respeito às instituições do Estado, caso contrário estaremos perante uma situação de falência como nação. A disseminação de discursos de ódio nas redes sociais só estimula a violência, sendo imperativo que os políticos, independentemente das suas alianças, façam um esforço conjunto para priorizar o diálogo como a única via recomendável para a resolução de diferendos. Como dizia, as nossas práticas, princípios e perspectiva singular da política, assim como as equações sociais nas quais militantes e simpatizantes transitam carece ainda de apuramento para induzir uma plena participação dos cidadãos na condução dos seus destinos sem violência. Leia mais… Você pode gostar também REFLEXÕES DA MUVALINDA: Autoconhecimento Belas memórias: Com zanga do nigeriano companhia cede avião DESMISTIFICANDO O PODER DO CHEFE: Estratégias para fortalecer a sua posição no trabalho CÁ DA TERRA: Que desperdício! CÁ DA TERRAOpinião & Análise Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior BELAS MEMÓRIAS: De volta ao “Bem-Amado” Próxima artigo Audiovisual em debate em Maputo Artigos que também podes gostar REFLEXÕES DA MUVALINDA: Dias melhores virão Há 7 dias Crise organizacional: não se esconda, saiba o que Fazer e não fazer Há 7 dias “Ó pátria amada, vamos vencer” Há 2 semanas BELAS MEMÓRIAS: De volta ao “Bem-Amado” Há 2 semanas GUERRA NO SUDÃO: Novos conflitos tornam difícil alcance de trégua Há 2 semanas REFLEXÕES DA MUVALINDA: O poder da informação Há 2 semanas