Grande Maputo NGOLHOZA: Relatos de um bairro onde o básico é “luxo” Por Jornal Notícias Há 12 meses Criado por Jornal Notícias Há 12 meses 1,5K Visualizações Compartilhar 1FacebookTwitterPinterestEmail 1,5K LEOVIGILDO DA CRUZ ISOLADOS na “ilha da escuridão” é como os residentes do bairro Ngolhoza, no município da Matola, descrevem as condições em que vivem. O sentimento tem a ver com as dificuldades que enfrentam diariamente, principalmente causadas pela falta de energia eléctrica. É uma zona com elevado potencial que nos próximos tempos deverá entrar na rota do desenvolvimento com a implantação do terminal rodoviário inter-provincial, cujas obras de construção foram lançadas recentemente pelo Executivo Provincial. Enquanto o progresso não chega, a população queixa-se da falta de quase tudo. Para minimizar a falta de energia, uns recorrem a painéis solares e geradores, enquanto outros contribuem para comprar postes e cabos, por forma a acelerar o processo de electrificação levado a cabo pela Electricidade de Moçambique (EDM). FOTO 1- Sem corrente eléctrica, moradores recorre ao uso de painéis solares A falta de corrente eléctrica tem igualmente impacto na actividade económica, pois os comerciantes recorrem a meios alternativos como gás para conservar os produtos, facto que encarece os bens essenciais, reduzindo o já baixo poder de compra da população. Além disso, tal cenário propicia o recrudescimento da criminalidade, porque as ruas e terrenos baldios são pontos de eleição dos malfeitores que se aproveitam da escuridão para assaltar, agredir física e sexualmente os transeuntes, agravando a sensação de vulnerabilidade. A morosidade na expansão da rede eléctrica e a falta de infra-estruturas sociais básicas como hospitais, escolas, postos policiais são apontados como factores para o fraco desenvolvimento socioeconómico local. Outrossim, a precariedade das vias de acesso e a carência de transporte público também são apontados como desafios, porque os munícipes são obrigados a percorrer longas distâncias para aceder a estes serviços ou recorrer a carrinha de caixa aberta, vulgo “my love”. FOTO 2- Da precariedade das vias à falta de energia Apesar das dificuldades, os mais de oito mil agregados familiares mantêm a esperança de verem as suas condições de vida melhoradas. Para que tal aconteça, pedem maior investimento local bem como a rápida intervenção das autoridades governamentais. Você pode gostar também DONOS DAS ROTAS: Um “Cartel” que enriquece às custas dos “chapeiros” BAIRRO ALBAZINE: Dezenas de casas em risco de desabar devido à erosão NA MAIORIA DAS ESCOLAS: Metas das matrículas ficam por alcançar Vítimas da tempestade Filipo recebem apoio NgolhozaREPORTAGEM Compartilhar 1 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior Moçambique e Vietname rubricam instrumentos jurídicos Próxima artigo Apreendido avião com droga no aeroporto de Bissau Artigos que também podes gostar Idoso morre atropelado na “Marginal” Há 11 horas Assembleia Municipal debate revisão da Postura de Gestão de Resíduos Sólidos Há 14 horas Três crianças morrem num incêndio em Marracuene Há 1 dia Adolescente mata pai à facada Há 6 dias Sobrevivente do acidente de Chongoene transferido para HCM Há 6 dias Demolidas construções ilegais em Marracuene Há 1 semana