Fronteiras podem ser controladas à distância

A AUTORIDADE Tributária de Moçambique (AT) está a investir num projecto de monitoria e controlo remoto das fronteiras nacionais, tendo em vista assegurar o incremento da receita e proporcionar segurança em ambientes de conflito.

Esta informação foi avançada, recentemente, em Maputo, pela presidente da AT, Amélia Muendane, adiantando que já existe um task force sobre soluções tecnológicas geoespaciais a serem adoptadas.

Segundo Muendane, o grupo criado tem a responsabilidade de desenvolver estudos sobre a implementação de soluções tecnológicas geoespaciais avançadas para a monitoria e controlo remoto eficaz das fronteiras.

De acordo com a fonte, neste momento, decorre o mapeamento das fronteiras e postos de cobrança na zona centro, com recurso a sistemas tecnológicos e, ao mesmo tempo, a preparação de um seminário que vai juntar diversos especialistas.

Muendane explicou, igualmente, que, nos próximos dias, a AT vai realizar jornadas científicas sobre o mesmo tema, com o objectivo de trazer soluções para a implementação desta iniciativa.

Nos últimos anos, o Governo tem vindo a introduzir reformas nas principais fronteiras nacionais, melhorando, deste modo, a eficiência das operações de fiscalização e controlo.

A título de exemplo, na fronteira de Ressano Garcia, a mais movimentada de Moçambique, o número de camiões em trânsito para o Porto de Maputo aumentou de 800 para 1500 por dia, atingindo por vezes dois mil.

No quadro das reformas, foi introduzida a digitalização dos processos, garantindo a interoperabilidade do sistema do Terminal Rodoviário do Km 4 com o sistema do Porto de Maputo.

Com a implementação destas e outras medidas, houve ganhos nas operações, como a redução do tempo de espera dos camiões no corredor, em particular no Km 4.

Actualmente, cerca de 60 por cento dos camiões são despachados em menos de 1 hora, contra cerca de 3 horas antes das Medidas de Aceleração Económica.

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