Negócio de areia sustenta famílias vulneráveis

Tornou-se recorrente ver, nas principais artérias que ligam os bairros ao centro da cidade da Beira, jovens e idosos, sobretudo no princípio da noite e durante a madrugada, a varrerem as estradas para recolherem areia que depois é vendida em sacos.

Pela roupa que vestem fica claro que não são funcionários municipais. São homens e mulheres lutando pela sobrevivência. Alguns apontam como causas a degradação progressiva das condições de vida, agravadas pela passagem infausta do ciclone Idai e a pandemia do novo coronavírus, que fizeram com que alguns perdessem os seus empregos, na maioria precários, remetendo-os agora à luta diária pelo pão de cada dia.

Os que optam pela colecta de areia nas estradas, em conversa com o nosso jornal, disseram fazê-lo para evitarem, como muitos outros, andar a pedir esmola pela cidade adentro ou, em casos extremos, envolverem-se em  roubos.