Quinta-feira, 1 Maio, 2025
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TARIFAS: EUA isentam produtos electrónicos

Por Jornal Notícias
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OS Estados Unidos da América (EUA) anunciaram, sábado, uma série de isenções às tarifas aplicadas às importações, dispensando a entrada de telemóveis, computadores e outros componentes e produtos electrónicos.

De acordo com a Lusa, que cita a Agência Europa Press, as isenções representam uma limitação às taxas, excluindo estes bens de dois tipos de tarifas: a tarifa de 125% imposta à China, e a tarifa básica de 10% aplicada a quase todos os outros países.

A decisão deverá aliviar o impacto dos direitos aduaneiros nos consumidores e beneficiar gigantes do mercado como a Apple e a Samsung.

Ainda no âmbito das isenções, também estão excluídas das tarifas as máquinas utilizadas no fabrico de semicondutores – numa referência à Taiwan Semiconductor Manufacturing, que anunciou investimentos de cerca de 100 mil milhões de euros em fábricas nos EUA.

O Governo de Taiwan anunciou há dias, que realizou as primeiras negociações sobre tarifas com os Estados Unidos e que conta com novas conversações para estabelecer relações comerciais “fortes e estáveis”.

Cerca de 60% das exportações de Taiwan para os EUA são de produtos de tecnologia da informação e comunicação, incluindo semicondutores – que já estavam isentos das novas tarifas impostas por Washington.

O encontro aconteceu depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter anunciado na noite de quarta-feira uma suspensão de 90 dias das chamadas “tarifas recíprocas” impostas sobre o resto do mundo, mas ter mantido e agravado as taxas impostas à China.

A Casa Branca esclareceu, na quinta-feira, que a tarifa total sobre os produtos chineses é de 145%, uma vez que teve de ser acrescentada a tarifa de 20% que tinha sido anteriormente imposta ao gigante asiático devido à crise do fentanil.

A guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo intensificou-se rapidamente, numa altura de grande volatilidade dos mercados. A China insiste que não quer uma guerra comercial, mas que “não tem medo de a enfrentar se necessário”.

Entretanto, o ministro do Comércio da China, Wang Wentao, advertiu a Organização Mundial do Comércio (OMC) de que o aumento das tarifas declarado pelos EUA representa uma séria ameaça para os países em desenvolvimento.

Wang teve uma conversa telefónica com a directora-geral da OMC, a economista nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala, na qual assegurou a vontade do seu país em salvaguardar um sistema comercial “aberto, abrangente, transparente, não discriminatório e multilateral”.

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