SERVIÇO DA DÍVIDA: Amortizações e juros atingem históricos USD 2 mil milhões

A AMORTIZAÇÃO e pagamento de juros resultantes do endividamento público durante o ano transacto atingiu um pico histórico de 2 mil milhões de dólares norte-americanos.

Este incremento foi determinado pelas variações positivas nos montantes de obrigações em duas rúbricas da dívida interna, como as amortizações do crédito junto do Banco de Moçambique e os reembolsos de Obrigações do Tesouro.

Em simultâneo, no mesmo período, o stock da dívida do Sector Empresarial do Estado (SEE) sofreu uma redução de 9,6 por cento, influenciada pela contracção da componente interna.

Esta informação consta do mais recente relatório do Ministério da Economia e Finanças sobre o endividamento público.

De forma detalhada, o documento faz menção que as amortizações dos empréstimos junto do Banco Central ascenderam de 3,7 mil milhões de meticais em 2022 para 26,7 mil milhões de meticais em 2023.

Por sua vez, os reembolsos de Obrigações do Tesouro subiram de 23,9 milhões de meticais em 2022 para 44 mil milhões no ano transacto.

Assim, face ao volume de obrigações já acumuladas, projecta-se que no horizonte de médio prazo, o serviço da dívida pública permaneça a níveis de pico em 2024, em 2025 e em 2026, períodos em que a despesa continuará a rondar os 2 mil milhões de dólares, com cerca de 60 por cento absorvido pela dívida interna e 40 pela externa.

Do lado da dívida interna, esta projecção não incorpora as amortizações de Bilhetes de Tesouro, pelo que, o pico dos pagamentos do serviço da dívida está, sobretudo, associado a maturação do principal de Obrigações de Tesouro (OT) uma vez que um total de 25 das 45 séries de OT vigentes, vai atingir a maturidade no horizonte 2024-2026.

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