Acidentes vitimam nove moto-taxistas

PELO menos nove operadores de táxi-mota perderam a vida nos últimos quatro meses do ano em curso, vítimas de acidentes, na cidade de Nampula e nos distritos de Rapale, Murrupula e Moma.
O facto de os condutores não usarem capacetes, as ultrapassagens irregulares e a falta de domínio ou habilidades de condução são apontados pelo presidente da Associação dos Voluntários para a Organização dos Taxi-Motas em Nampula
(AVOTANA), Albertino Luís, como sendo as principais causas dos infortúnios.
Nas principais praças é notória a presença de motorizadas usadas para o exercício da actividade de táxi que não reúnem condicoes técnicas apropriadas, um dos factores que contribui para o envolvimento deste grupo em acidentes fatais.
A agremiação considera preocupante o cenário e já está a levar a cabo, em parceria com a PRM, um trabalho visando intensificar a fiscalização nas praças e em outros espaços públicos dentro das cidades e vilas distritais. Albertino Luís disse que a associação já perdeu o controlo do fenómeno, porque, diariamente, surgem novos operadores e novas praças.
Pediu o reforço da actuação da Polícia de Trânsito, através da implementação de medidas coercivas contra os que conduzem em condições inapropriadas. Utentes ouvidos pela nossa Reportagem manifestaram-se cientes do perigo a que estão expostos ao usarem os serviços dos moto-taxistas como meio para as suas deslocações, mas falam de falta de alternativa, porque os transportadores semicolectivos de passageiros não chegam a determinados pontos.

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