Sábado, 5 Outubro, 2024
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PROIBIÇÃO DE CÃES “PERIGOSOS”: Decisão está longe de reunir consensos

Por Jornal Notícias
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PILATOS PIRES

A DECISÃO das autoridades veterinárias de interditar a importação de 26 raças de cães consideradas potencialmente perigosas bem como obrigar a castração destes animais está longe de ser consensual entre os vários intervenientes na cadeia.

Se, por um lado, os canicultores e tutores vêem nela uma ameaça ao empreendedorismo, num contexto em que centenas de jovens vivem da criação e venda de cães; por outro, as vítimas de ataques de cães e especialistas consideram a decisão oportuna na defesa da saúde pública.

Cidadãos que se dedicam à canicultura vêem a obrigatoriedade de castrar e o monopólio exercido pela Direcção Nacional de Desenvolvimento Pecuário (DNDP) na autorização da importação como uma “pedra no sapato”.

“A esterilização constitui uma agressão aos direitos dos animais e, caso decisões como esta sejam mantidas, os criadores e vendedores de cães teriam de encerrar as actividades devido aos custos envolvidos no negócio”, afirmou Paulo Figueiredo, um criador.

“Caninos são importantes para a segurança do homem – Gil Mahunguele / © U Matula

Para a fonte, a proibição de importar lesará não só aos criadores comerciais, como também às clínicas veterinárias e famílias que apostam neste animal de estimação. “Se hoje comercializamos um Rottweiler a 25 mil meticais, com as restrições impostas pelo subsector pecuário seremos obrigados a vendê-lo por mais de 70 mil, valor que os clientes não estariam em condições de desembolsar”, disse Figueiredo.

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