Quarta-feira, 15 Maio, 2024
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PROIBIÇÃO DE CÃES “PERIGOSOS”: Decisão está longe de reunir consensos

Por Jornal Notícias
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PILATOS PIRES

A DECISÃO das autoridades veterinárias de interditar a importação de 26 raças de cães consideradas potencialmente perigosas bem como obrigar a castração destes animais está longe de ser consensual entre os vários intervenientes na cadeia.

Se, por um lado, os canicultores e tutores vêem nela uma ameaça ao empreendedorismo, num contexto em que centenas de jovens vivem da criação e venda de cães; por outro, as vítimas de ataques de cães e especialistas consideram a decisão oportuna na defesa da saúde pública.

Cidadãos que se dedicam à canicultura vêem a obrigatoriedade de castrar e o monopólio exercido pela Direcção Nacional de Desenvolvimento Pecuário (DNDP) na autorização da importação como uma “pedra no sapato”.

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“A esterilização constitui uma agressão aos direitos dos animais e, caso decisões como esta sejam mantidas, os criadores e vendedores de cães teriam de encerrar as actividades devido aos custos envolvidos no negócio”, afirmou Paulo Figueiredo, um criador.

“Caninos são importantes para a segurança do homem – Gil Mahunguele / © U Matula

Para a fonte, a proibição de importar lesará não só aos criadores comerciais, como também às clínicas veterinárias e famílias que apostam neste animal de estimação. “Se hoje comercializamos um Rottweiler a 25 mil meticais, com as restrições impostas pelo subsector pecuário seremos obrigados a vendê-lo por mais de 70 mil, valor que os clientes não estariam em condições de desembolsar”, disse Figueiredo.

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