Quinta-feira, 2 Maio, 2024
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GOVERNAÇÃO DE FILIPE NYUSI: Nove anos de desafios e de auto-superação

Por Juma Capela
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O PRESIDENTE da República, Filipe Nyusi, completa hoje nove anos de governação. Tomou posse pela primeira vez como Chefe do Estado a 15 de Janeiro de 2015 para um mandato marcado, no começo, pelas cheias no Centro e que mataram e destruíram infra-estruturas, obrigando à revisão das prioridades e desvio do Orçamento das áreas prioritárias para a emergência.

Quase ano depois, o Governo teve de lidar com o bloqueio dos parceiros de cooperação, na sequência do escândalo das “dívidas não declaradas”. Houve necessidade de trabalhar apenas com recursos internos, mas não faltou salários aos funcionários e a economia aguentou-se.

Entretanto, a diplomacia económica de Nyusi permitiu que em Junho de 2017 fosse tomada a decisão final de investimentos para o projecto Coral Sul para a exploração das reservas de gás natural do Rovuma.

Outra contrariedade foi a eclosão, em Outubro de 2017, do terrorismo em Cabo Delgado, fenómeno que também provocou o desvio do investimento destinado ao desenvolvimento para a segurança.

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A governação de Nyusi é caracterizada pela ampliação do diálogo político visando travar os ataques armados da Renamo em Sofala e Manica. Foi neste contexto, aliás, que em Agosto de 2017, o Presidente deslocou-se às matas da Gorongosa, em Sofala, para encontrar-se com o falecido líder da Renamo, Afonso Dlhakama, no âmbito do estabelecimento do clima de confiança entre as duas lideranças, espírito que viria a ser continuado por Ossufo Momade até à assinatura, em Agosto de 2019, do Acordo de Paz e Reconciliação de Maputo.

Na sequência deste entendimento, em Junho de 2023, a Renamo entregou a simbolicamente, a última arma, fechando o processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) da força residual deste partido.

Ainda em 2019, Moçambique viria a ser assolado pelos ciclones Idai e Kenneth, levando o Executivo, uma vez mais, a refazer os seus planos. A boa gestão destes e outros desastres foi determinante para que Nyusi fosse, mais tarde, eleito Campeão da União Africana para Gestão do Risco de Desastres Naturais.

Quase dois meses depois da investidura ao segundo mandato, o Presidente teve de tomar medidas para assegurar o controlo da Covid-19, na altura emergência mundial, devido ao elevado número de mortos e internamento hospitalar. A gestão adoptada em Moçambique evitou consequências desastrosas da pandemia, o que mais tarde viria a ser determinante para o regresso do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Depois de múltiplos choques causados pela Covid-19, a economia inicia uma gradual retoma, fruto de acções estratégicas que permitiram que em 2022 fosse feita a primeira exportação de gás natural liquefeito.

Outrossim, no âmbito da ofensiva diplomática, liderada por Nyusi, Moçambique foi eleito em Junho de 2022 a membro não-permanente do Conselho de Segurança da ONU.

São também de destacar as várias iniciativas presidenciais que melhoram a qualidade de vida dos moçambicanos, particularmente nos sectores de Justiça e acesso à água e energia. Pormenores desta avaliação nas páginas interiores.

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